Descrição

Uma vida de investigação. Projeto de edição e divulgação do espólio de António Domingues de Sousa Costa (1926-2002)

Apresentação

Este projeto resulta de uma parceria entre o Centro de Estudos de História Religiosa da Universidade Católica Portuguesa e a Província Portuguesa da Ordem Franciscana. O projeto teve início em 2013 e tem como objetivos:
- Promover a memória de Fr. António Domingues de Sousa Costa.
- Organizar, descrever e tornar acessível o espólio Sousa Costa.
- Publicar os principais textos inéditos deste investigador.

O espólio Sousa Costa

O espólio de António Domingues de Sousa pertence à Província Portuguesa da Ordem Franciscana, que o conserva no Seminário da Luz, em Lisboa. Acondicionado provisoriamente em 55 caixas, este acervo espelha, quer a atividade docente deste ilustre Professor e as múltiplas interpelações a que procurou responder como académico, jurista e membro da Ordem Franciscana, quer a sua intensa rede de relações patente na correspondência que aí se conserva, quer sobretudo a sua impressionante atividade como investigador. Com efeito, a par dos materiais ligados à preparação de textos já publicados, o seu espólio reúne um impressionante volume de documentação, fruto do seu trabalho de investigação de mais de quarenta anos, desenvolvido tanto nos arquivos portugueses como no Archivio Segreto Vaticano ou noutros arquivos italianos.

Trata-se de um acervo documental de uma extrema importância para a história medieval portuguesa, pela exaustividade dos levantamentos e transcrições de documentos dos arquivos acima referidos e de outros repositórios de documentação. Se um número significativo destes documentos foi sendo publicado em nota ou em anexo a muitos dos estudos dados à estampa por Sousa Costa, é também verdade que muitos outros permanecem inéditos. Entre estes, destacam-se as milhares de transcrições de súplicas posteriores a 1431, projetadas para edição em volumes dos Monumenta Portugaliae Vaticana que não chegaram a ser editados, ou o projectado bulário de João XXI, do qual o autor reconheceu, em vida, só lhe faltar transcrever três bulas. Este é, pois, um fundo essencial para a compreensão da História de Portugal no período medieval. A sua disponibilização aos investigadores e a edição crítica do acervo ainda inédito revelam-se fundamentais para qualquer trabalho de investigação sobre a Idade Média portuguesa, permitindo complementar levantamentos documentais já efetuados ou, até mesmo, substituir uma sempre custosa missão de investigação ao Arquivo do Vaticano.