Documento simples 0065 - Recibos dos Enfermeiros

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Código de referência

PT ICPRT IC/C/0065

Título

Recibos dos Enfermeiros

Data(s)

  • 1792-03-31 a 1828-07-24 (Produção)
  • Data(s) predominante(s): 1792-03-31 a 1816-09-13 (Produção)

Nível de descrição

Documento simples

Dimensão e suporte

1 livro; 246 fls.; 30 x 21,5 x 4 (cm)

Zona do contexto

Nome do produtor

(1754-00-00 a c. 1843-00-00)

História administrativa

O Hospital da Irmandade dos Clérigos do Porto, em concordância com a missão base da Irmandade, foi criado com o objectivo de socorrer os clérigos pobres e doentes da cidade, incluindo os que não eram Irmãos. Oficialmente designado como Hospital da Irmandade, é comum ser referido na documentação da época apenas como Enfermaria, provavelmente em referência à casa da enfermaria, na qual se encontravam os leitos onde eram instalados os enfermos. Para além desta divisória principal, o Hospital incluía igualmente um altar, uma casa da sacristia, cozinha e um quarto para o Enfermeiro-Mor.
O Hospital estava sob imediata superintendência do Presidente ou, por delegação deste, do Secretário da Irmandade. A gerência e fiscalização desta secção de assistência física e espiritual, por sua vez, estavam incumbida a um deputado da Mesa, que tinha a obrigação de visitar a mesma diariamente durante os meses em que exercia a função de mordomo do Hospital. A nível interno, o Hospital era dirigido pelo Enfermeiro-Mor e contava igualmente com enfermeiros menores, cirurgiões e médicos, assim como um conjunto de criados e ajudantes, dos quais se destaca o Moço da Enfermaria.
O tratamento fornecido no Hospital da Irmandade incluía duas vertentes: a admissão no Hospital e a assistência aos clérigos doentes nas suas próprias casas. A assistência domiciliária era preferível no caso de doenças contagiosas e o socorro por conta da Irmandade, para além dos cuidados igualmente prestados aos doentes admitidos na enfermaria - com apoio do médico, cirurgião e boticário -, incluía ainda uma esmola. Tanto no caso de admissão como de apoio domiciliário, os clérigos contavam ainda com assistência espiritual - nomeadamente no momento da morte - e com o direito ao enterro, em caso de falecimento.
O período de maior vigor em termos de funcionamento do Hospital da Irmandade, segundo a documentação produzida pelo mesmo, parece ter-se situado entre meados do século XVIII e a década de 20 do século XIX. Em sessão da Mesa de 12 de Fevereiro de 1841 foi deliberado que se tornasse a estabelecer o Hospital para curativo dos Irmãos pobres e doentes e, de facto, nos Estatutos da Irmandade de 1871 ainda há referência à existência do mesmo, apesar de não se conhecer documentação deste período. A partir do século XX, a menção ao Hospital parece desaparecer da documentação e dos documentos regulamentares da Irmandade.
Esta secção engloba toda a documentação que se relaciona com a gestão administrativa e financeira do Hospital e com os irmãos doentes que se recolheram no mesmo, nomeadamente: registo de entradas e óbitos; receitas prescritas pelos médicos; recibos dos enfermeiros, dos médicos e dos cirurgiões; despesa da enfermaria e uma série documental relativa ao fundo do Hospital. Engloba ainda um inventário, que contempla a descrição do altar da enfermaria, sacristia, casa da enfermaria, roupa de cama, serviço de mesa e cozinha, assim como alfaias diversas.

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Livro de registo dos recibos de pagamento aos enfermeiros do Hospital da Irmandade dos Clérigos do Porto. Os recibos de pagamento contêm a indicação do nome do Enfermeiro-Mor em funções; a quantia que este entregou ao enfermeiro; o tempo de trabalho a que se refere o salário (ex.: «Desde 13 de Fevereiro athe 4 de Março» - fl. 9v.); a data e assinatura do enfermeiro ou a assinatura por cruz. Nalguns casos encontram-se igualmente referências ao nome dos doentes tratados e o valor do salário diário auferido pelos enfermeiros em funções.
Este livro contém dois termos de abertura (fls. 1 e 1v.) e termo de encerramento (fl. 246v.).

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de arranjo

Ordenação cronológica.

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

    Sistema de escrita do material

      Notas ao idioma e script

      Características físicas e requisitos técnicos

      Encadernação em pele. Lombada com ferros dourados e título a ouro sobre fundo vermelho. Estado de conservação regular. A lombada e capas estão esfoladas.

      Instrumentos de descrição

      Zona de documentação associada

      Existência e localização de originais

      Existência e localização de cópias

      Unidades de descrição relacionadas

      Descrições relacionadas

      Zona das notas

      Nota

      Título da lombada, com desdobramento das abreviaturas: «Recibos dos Enferm.».

      Nota

      Os fólios foram numerados e rubricados por «Abreu» - José da Glória Camelo e Abreu, Presidente da Irmandade dos Clérigos do Porto. Este livro encontra-se em branco a partir do fl. 11v.

      Identificador(es) alternativo(s)

      Referência do inventário antigo

      434

      Pontos de acesso

      Pontos de acesso - Assuntos

      Pontos de acesso - Locais

      Pontos de acesso - Nomes

      Pontos de acesso de género

      Zona do controlo da descrição

      Identificador da descrição

      Identificador da instituição

      Regras ou convenções utilizadas

      Estatuto

      Nível de detalhe

      Datas de criação, revisão, eliminação

      Línguas e escritas

        Script(s)

          Fontes

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