Documento composto 021 - Pastoral Social

Zona de identificação

Código de referência

PT/CP AHCP/A/C/011/021

Título

Pastoral Social

Data(s)

  • 1982 - 1988 (Produção)

Nível de descrição

Documento composto

Dimensão e suporte

1 capilha; papel

Zona do contexto

Nome do produtor

História biográfica

A Cáritas Portuguesa foi constituída pelo Episcopado Português em 1956, herdando a execução de um programa, o património e os principais dirigentes de uma associação fundada em 1946. Distintas na origem e nos objetivos, as duas organizações apresentam uma clara continuidade no plano dos recursos, dos métodos, do impacto público e da liderança. Em 1976 e em 2000 começaram a vigorar novos estatutos mediante aprovação da Conferência Episcopal.
Em 9 de maio de 1946, a associação União de Caridade Portuguesa teve os seus estatutos aprovados por despacho do subsecretário de Estado da Assistência Social, Joaquim Trigo de Negreiros. A sua finalidade principal consistia na proteção de menores no meio familiar, escolar e profissional por intermédio da colaboração com organizações particulares, civis e religiosas, portuguesas e estrangeiras. O intercâmbio internacional com organizações similares, oficiais e particulares seria uma das marcas inscritas nos estatutos. Pretendia-se, no imediato, a organização de um serviço de socorro a crianças estrangeiras, vítimas da guerra. O Programa de Acolhimento Temporário de Crianças começaria a funcionar em 1947. Entre os objetivos constava, ainda, o estudo das condições de vida das crianças para auxílio material e moral, a promoção da defesa da criança e a organização de creches, lactários, refeitórios, consultas de pediatria e colónias de férias. Com duas categorias de sócios, ativos e benfeitores, a associação teria uma direção com composição exclusivamente feminina. A sua sede seria em Lisboa e poderiam ser nomeados correspondentes e formadas delegações locais.
A 19 de março de 1956 os estatutos da União de Caridade Portuguesa (Caritas) eram aprovados pelo Cardeal Cerejeira, por recomendação da Santa Sé, após consulta da Assembleia Plenária do Episcopado, auscultado o parecer do ministro do Interior. A finalidade principal da nova organização consistia no exercício e na promoção da caridade cristã. Pretendia-se a criação de associações, obras e instituições de assistência social, orientando-as e auxiliando-as. A colaboração no campo internacional com organizações congéneres e representação de organizações religiosas com finalidades de assistência ou beneficência eram marcas inscritas nos estatutos. Cerca de um mês (13 de abril) após a aprovação episcopal dos estatutos da União de Caridade Portuguesa (Caritas), o Diário do Governo publicava um despacho com a extinção da associação formada em 1946 (União de Caridade Portuguesa), depois da sua presidente de sempre, Fernanda Jardim, ter sido nomeada por Cerejeira para liderar a organização de 1956. A conclusão do Programa de Acolhimento Temporário de Crianças seria acompanhada por nova iniciativa mobilizadora de recursos por todo o território português, dotado de significativo impacto público, correspondendo a acordo firmado em fevereiro de 1956. A execução do Programa de Ajuda Alimentar contaria com o apoio decisivo dos poderes públicos norte-americanos, por intermédio do Catholic Relief Services (CRS).
Com a transição democrática em Portugal, a Conferência Episcopal Portuguesa aprovaria uma primeira reforma estatutária da organização formada em 1956. Mantinham-se os vínculos fundadores que estavam expressos nos estatutos assinados por Cerejeira e a denominação assegurava a tradição de 1946 e 1956. Organização da Igreja Católica, instituída pela Conferência Episcopal Portuguesa, e membro da Cáritas Internacional, instituída pela Santa Sé, a "União de Caridade Portuguesa 'Cáritas', também denominada Cáritas Portuguesa" visava, nos termos da reforma estatutária de 1976, a promoção e o exercício de atividades sócio-caritativas. As principais novidades da reforma estatutária residiam na estrutura interna e na organização das finalidades. Seria composta pela federação das Cáritas Diocesanas para ações de: apoio das camadas mais carenciadas da população, por intermédio da sua valorização e promoção da educação para a solidariedade, da consciência crítica e da justiça social; reforma de estruturas para desenvolvimento integral do homem; socorro em caso de calamidade pública ou urgência reconhecida; cooperação com instituições e grupos de ação social. A integração social de retornados das antigas colónias em África justificava um amplo programa mobilizador direcionado para a criação de postos de trabalho, com a habitação a justificar clara prioridade. A consolidação de Cáritas Diocesanas e a animação da pastoral social seriam decididas apostas nas décadas finais do século XX.
Com o novo milénio, a alteração estatutária colocaria a Doutrina Social da Igreja, imperativos de solidariedade e a legislação civil e canónica como orientações da Cáritas Portuguesa. Como união das Cáritas Diocesanas, a Cáritas Portuguesa atribui prioridade às situações mais graves de pobreza ou exclusão social. Os objetivos inscritos nos estatutos de 2000 consistem na assistência, em situações de dependência ou emergência, na promoção social, no desenvolvimento solidário e na transformação social em profundidade, no domínio das relações sociais, dos valores e do ambiente. Para fazer face a situações de pobreza estrutural e de emergência, as prioridades assentariam a conjugação entre a formação profissional e cívica e a consolidação da Rede Cáritas.

Entidade detentora

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Textos sobre pastoral social. Contém: José Mendes Serrazina, Pastoral social, dimensão da pastoral geral da Igreja, esquema e bibliografia, [s.d.]; Orlando e Costa, Instituições ao serviço da pastoral social, 1983 (I Semana Nacional de Pastoral Social); António Marcelino, Sentido cristão da contingência humana, [s.d.]. (V Semana Nacional de Pastoral Social); Maria Raquel Ribeiro, Descoberta de promoção de recursos humanos e meios materiais no seio da comunidade, 1984 (II Semana Nacional de Pastoral Social); António Marcelino, Sessão de abertura da II Semana Nacional de Pastoral Social, 1984; José Mendes Serrazina, Fundamentação e objectivos da pastoral social, 1984 (II Semana Nacional de Pastoral Social); João Caniço, Pastoral Social. Princípios e exigências na comunicação interpessoal, [s.d.]. (III Semana Nacional de Pastoral Social); [Luis] Bambaren, Qu'est-ce que la pastorale sociale?, 1983; José Mendes Serrazina, Pastoral social, linhas de orientação, 1989; A pastoral social da Igreja portuguesa, [s.d.]; José Mendes Serrazina, Pastoral da caridade, linhas de orientação, 1981; Pastoral da saúde, [s.d.]; Acácio Catarino, Noção e características dum problema social, Lisboa, 1983; Encontro Transnacional dos Projetos do II Programa Europeu de Luta contra a Pobreza, dedicado ao tema Refugiados, Migrantes e Minorias Étnicas, promovido pelo Centro Regional de Segurança Social de Lisboa, 1988-10-12; José Mendes Serrazina, Respostas da Igreja às situações de pobreza em Portugal, 1987; Acácio Ferreira Catarino, Atitudes do Estado perante a pobreza, 1988; Acácio Ferreira Catarino, Pobreza, realidades e causas, 1988 (II Curso de Pastoral Social, Vila Real, 1988-10-22 e 23); José Mendes Serrazina, Noção e dimensão da pastoral social, Cáritas Diocesana de Lisboa, [s.d.]; [Pastoral social], [s.d.]; Acácio Catarino, Organização da pastoral social (esquema-índice), [s.d.]; Acácio Catarino, Dimensão pastoral da regionalização, Encontro Nacional de Pastoral da Comunicação Social, 1987-10-02; Pastoral social (esquema), [s.d.]; João Caniço, Actualidade da pastoral social, Reflexão sobre Pastoral Social, Lisboa, Vigararia IV, S. Domingos de Benfica, 1982-12-11; Leovigildo Moacho, Comunidade cristã em acção de pastoral social, Reflexão sobre Pastoral Social, Lisboa, Vigararia IV, S. Domingos de Benfica, 1982-12-11; Acácio Catarino, Cooperação e coordenação na actividade sócio-caritativa, Setúbal, 1986-03-22; José Mendes Serrazina, [As colectividades não estruturadas], [s.d.]; Pastoral social e actuais dinamismos sociais, [s.d.]; José Mendes Serrazina, Noção, dimensão e responsabilidade da pastoral social, Cáritas Diocesana de Setúbal, Curso de Pastoral Social, Barreiro, 1988-02-16 e 07; José Mendes Serrazina, Noção e dimensões da pastoral social, Encontro de Pastoral Social, Ponta Delgada, 1985-11-29; José Mendes Serrazina, Actualidade da pastoral social, Cáritas Diocesana de Setúbal, [s.d.]; Acácio Catarino, Objectivos da pastoral social, Encontro de Pastoral Social, Ponta Delgada, 1985-11-29 a 1985-02-01; Acácio Catarino, Objectivos da pastoral social, Curso Diocesano de Pastoral Social, 1987-02-06 a 08; José Mendes Serrazina, Animação e coordenação da pastoral social numa diocese, Encontro do SDASC, Setúbal, 1988-07-02; Maria Matilde Dias Ferreira, Constituição e desenvolvimento de grupos locais e paroquiais de acção sócio-caritativa, Cáritas Diocesana de Lisboa, [s.d.]; Maria Helena Moacho, Grupos de acção social nas paróquias, [s.d.]; José Mendes Serrazina, Noção e dimensão da pastoral social, Curso de Pastoral Social, Vigararia de Alcobaça, 1984-10-27; José Mendes Serrazina, Constituição e desenvolvimento de grupos locais e paroquiais de acção sócio-caritativa, Encontro de Sacerdotes sobre Pastoral Social, Funchal, 1984-05-24 e 25; José Mendes Serrazina, Formação permanente dos militantes de acção sócio-caritativa, Curso de Pastoral Social, Funchal, 1984-05-26 e 27; Georgino Rocha, Dimensão social, uma exigência à paróquia, [s.d.].

Avaliação, seleção e eliminação

Incorporações

Sistema de arranjo

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Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

  • francês
  • português

Sistema de escrita do material

    Notas ao idioma e script

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    Instrumentos de descrição

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    Existência e localização de originais

    Existência e localização de cópias

    Unidades de descrição relacionadas

    PT/CP/AHCP/C/J/001

    Descrições relacionadas

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