Fundo ME - Montepio Eclesiástico do Reino

Zona de identificação

Código de referência

PT INSE ME

Título

Montepio Eclesiástico do Reino

Data(s)

  • 1845 - 1861 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

0,67 m.l.; papel.

Zona do contexto

Nome do produtor

(1845 - 1861)

História administrativa

A Associação com o título de Montepio Eclesiástico, também designada por Montepio Eclesiástico do Reino, foi estabelecida em 1843 e extinta em 1861. A finalidade principal do Montepio era conceder um subsídio pecuniário diário aos sócios que por doença, suspensão ou prisão se achassem impedidos de exercer o seu ministério, não auferindo, portanto, rendimentos. Podiam ser sócios do Montepio todos os sacerdotes que o pretendessem, satisfazendo as jóias e quotas a que eram obrigados, segundo o Estatuto e conforme a tabela em vigor, sob pena de não se poderem valer dos seus direitos em caso de doença. Os órgãos administrativos da Associação eram a Assembleia-geral, de que faziam parte todos os sócios e a Junta Administrativa, composta por cinco membros – Presidente, vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro e Visitador. Para a revisão das contas apresentadas anualmente pela Junta Administrativa existia ainda uma Comissão Revisora, composta por três membros. O primeiro Estatuto do Montepio Eclesiástico do Reino, de 1844, foi revisto e alterado em 1848 e 1856. Foi ainda criada uma Comissão Propagadora do Montepio em 1845 com a finalidade de promover o aumento e prosperidade da Associação. Em 1859, no entanto, debate-se em reunião da Junta Administrativa a questão relativa à falta de dinheiro em cofre devido ao reduzido número de sócios da Associação, à epidemia que grassara em Lisboa no ano anterior a qual ocasionara não terem sido cobradas as quotas aos sócios e ainda fazendo aumentar as despesas dos subsídios e medicamentos entregues a sócios doentes. Em 15 de Maio de 1860 é resolvido em sessão da Assembleia-geral do Montepio Eclesiástico do Reino a sua dissolução, que acaba por se concretizar em 1861, procedendo-se ao rateio do capital existente entre os sócios restantes.

História do arquivo

O Montepio Eclesiástico do Reino funcionou na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, tendo deixado à guarda da Irmandade dos Clérigos Pobres um cofre de três chaves contendo os livros de receita e despesa, respectivos documentos e mais papéis da Associação segundo requerimento do Montepio dirigido à Irmandade dos Clérigos Pobres em 15 de Janeiro de 1861 (BNP - Fundo do Montepio Eclesiástico, cota provisória F.82/1). A Irmandade dos Clérigos Pobres, que partilhava a Casa de Despacho com a Irmandade de S. Miguel e Almas quando, em 1890, deixou a Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, deixou um pequeno espólio documental, que ingressou no Arquivo da Irmandade do Santíssimo Sacramento, quando a Irmandade das Almas foi integrada na do Santíssimo Sacramento, em 1892.

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Conjunto de documentos produzidos, recebidos e acumulados pelo Montepio Eclesiástico do Reino quando funcionou na Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, abarcando o período de 1845 a 1860, ou seja, desde a sua criação à sua extinção. Este fundo documental integra documentação relativa aos órgãos administrativos, à gestão administrativa e financeira e à assistência prestada aos sócios do Montepio. Salienta-se a colecção de documentos comprovativos da receita e despesa do Montepio que, embora não esteja completa, abarca todo o período de actividade do Montepio, incluindo inclusivamente a distribuição pelos sócios restantes do remanescente do capital existente aquando da extinção do Montepio.

Avaliação, seleção e eliminação

Não se conhecem processos de avaliação e selecção do fundo documental.

Incorporações

Trata-se de um fundo fechado.

Sistema de arranjo

Na organização da documentação foi utilizado, como base, o quadro de classificação produzido pelo extinto Instituto Português de Arquivos para as Irmandades de Misericórdia, ao qual foram introduzidas as alterações consideradas necessárias. O fundo documental do Montepio Eclesiástico do Reino é composto por 5 Secções e 7 Séries documentais. A estrutura do sistema de organização do fundo é apresentado no quadro de classificação que se segue: OA-ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO 01-Comissão Propagadora do Montepio Eclesiástico do Reino SM-SÓCIOS DO MONTEPIO 01-Sócios do Montepio Eclesiástico do Reino 02-Quotas dos sócios do Montepio Eclesiástico do Reino GA-GESTÃO ADMINISTRATIVA 01-Correspondência do Montepio Eclesiástico do Reino GF-GESTÃO FINANCEIRA 01-Receita e despesa do Montepio Eclesiástico do Reino 02-Conta da receita e despesa e relatório da Junta Administrativa do Montepio AS-ASSISTÊNCIA AOS SÓCIOS 01-Livro privativo do visitador.

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Comunicável, com excepção de documentação referente a dados pessoais em que se aplica o estipulado no nº 2 do art.º 17.º da Lei Geral de Arquivos, Dec. Lei nº 16/93 de 23 de Janeiro de 1993, salvo se houver autorização do próprio titular do processo ou desde que decorridos 50 anos sobre a data da morte da pessoa a que respeitam os documentos ou, não sendo esta data conhecida, decorridos 75 anos sobre a data dos documentos.

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

  • português

Sistema de escrita do material

    Notas ao idioma e script

    Características físicas e requisitos técnicos

    Instrumentos de descrição

    Zona de documentação associada

    Existência e localização de originais

    Existência e localização de cópias

    Unidades de descrição relacionadas

    O fundo documental do Montepio Eclesiástico do Reino encontra-se na Biblioteca Nacional de Portugal, enviadas por depósito pelo Monsenhor Alfredo Elviro dos Santos, nos anos 20 do século XX, último Juiz da Irmandade dos Clérigos Pobres e que fora responsável pela sua conversão em Montepio do Clero Secular Português (Ver Guia Preliminar dos Fundos de Arquivo da Biblioteca Nacional, p. 302-304).

    Descrições relacionadas

    Zona das notas

    Identificador(es) alternativo(s)

    Pontos de acesso

    Pontos de acesso - Assuntos

    Pontos de acesso - Locais

    Pontos de acesso - Nomes

    Pontos de acesso de género

    Zona do controlo da descrição

    Identificador da descrição

    Identificador da instituição

    Regras ou convenções utilizadas

    ISAD(G): Norma Geral Internacional de Descrição Arquivística: adoptada pelo Comité de Normas de Descrição, Estocolmo: Suécia, 19-22 de Setembro de 1999. Conselho Internacional de Arquivos; Trad. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 2.ª ed. Lisboa: IAN/TT, 2004. ISBN: 972-8107-69-2. PORTUGAL. Instituto dos Arquivos Nacionais / Torre do Tombo - Orientações para a descrição arquivística. Grupo de Trabalho para a Normalização da Descrição em Arquivo. 1.ª versão. Lisboa: IAN/TT, 2006. 124 p. ISBN972-8107-88-9.

    Estatuto

    Final

    Nível de detalhe

    Máximo

    Datas de criação, revisão, eliminação

    Línguas e escritas

      Script(s)

        Fontes

        Nota do arquivista

        Descrição elaborada por Luísa Colen.

        Área de ingresso