De acordo com o termo de abertura, o livro destinava-se ao registo de correspondência recebida pela Irmandade de Nossa Senhora da Assunção, São Pedro ad Vincula e São Filipe Néri do socorro dos Clérigos Pobres, mas, logo de seguida, é indicado que o livro foi substituído «(…) por outro mais apropriado e por isso fica para copias de escriptos não officiaes e archivo de memorias históricas da Irmandade».
O livro regista: a descrição da colocação do globo de cobre no cimo da Torre dos Clérigos, de acordo com um relato lido num jornal da época; a notícia sobre a erecção da Via Sacra na Igreja dos Clérigos; a notícia sobre a erecção da Agregação do Santíssimo Sacramento na mesma Igreja; o relato histórico de uma «(…) questão que se levantou entre a Mesa da Irmandade e o Director da Agregação do Santíssimo Sacramento por causa da publicação dos novos Estatutos (1940)»; uma cópia dos Estatutos; o «Comentário aos Estatutos ou Os novos Estatutos da Irmandade dos Clérigos, comentados à face do Direito Canónico, do Concílio Plenário e do Regulamento Geral da Associação dos Fieis pelo Padre José Rodrigues da Costa – Capelão da Irmandade e Director da Agregação do Santíssimo Sacramento, canonicamente erecta na mesma igreja» e um esclarecimento, de 1941, relativo a algumas disposições do Regulamento da Irmandade dos Clérigos (registado no livro e numa folha solta junto ao fólio 30).
Com 2 termos de abertura no fólio [1] e termo de encerramento no fólio 146v.
Livro para registo de promissórias que até aí se guardavam em envelopes, de acordo com o termo de abertura. Registo em formulário impresso dos depósitos com as informações: número do depósito, nome da Casa Bancária, data do depósito e do seu vencimento, valor do capital e juros, «data da reforma», número da promissória, capital reformado, juros, data do vencimento e observações. Contém ainda o registo de deliberações sobre os depósitos (por ex.: levantamento por falta de segurança, transferência para outra Casa Bancária, suspensão). Envelopes e folhas soltas com contas e outras informações sobre o capital da Irmandade.
Com termo de abertura no fólio [1] e termo de encerramento no fólio 100v.
Copiador da correspondência expedida pela Irmandade dos Clérigos do Porto. Este livro é composto por ofícios expedidos a diversas entidades e figuras, tal como figuras da vida eclesiástica (ex.: Pio X, Núncio Apostólico em Portugal); autoridades administrativas (ex.: Administrador do Bairro, Junta de Freguesia da Vitória, Junta Geral de Distrito, Escrivão de Fazenda do 2.º Bairro, assim como requerimentos efectuados ao Rei, Governador Civil e Câmara Municipal); a repartições centrais (ex.: Direcção Geral de Assistência, Serviços de Inspecção Estatística e Castro da Assistência); companhias e serviços (ex.: Agência de Publicidade, Companhia de Carris de Ferro do Porto); outras Irmandades (ex.: Mesa da Irmandade da Lapa); assim como Irmãos e privados.
Entre os fls. 12v. e 13 encontram-se dois ofícios originais avulsos, pela seguinte ordem:
- Circular n.º 52, enviada pela Administração do Bairro Ocidental ao Presidente da Irmandade dos Clérigos Pobres, em 1936-03-04;
- Ofícios enviado pelo Juiz da Irmandade dos Clérigos do Porto ao Administrador do Bairro Ocidental do Porto, em 1935-03-12.
Esta fonte contém termo de abertura (fl. não numerado) e termo de encerramento (fl. 223v.).
Registo das quantias depositadas na «Casa Bancária Joaquim Alves de Oliveira, Sucessória e Companhia» e dos juros recebidos, com indicação das datas.
Termo de abertura no fólio [1] e termo de encerramento no fólio [51].
Livro de registo da correspondência recebida pela Irmandade dos Clérigos do Porto. Este livro é composto por um quadro impresso, com os seguintes campos: número de ordem; número do ofício; data da correspondência (dia, mês, ano); data de entrada (dia, mês, ano); autoridade ou pessoa que assinou; objecto, ou seja, um pequeno resumo do teor da correspondência e expediente. Este último campo apenas foi preenchido no fl. 1, com a informação: «Na colunna «n.º de ordem», inutilizou-se, com um traço vermelho, a primitiva numeração, de 1 a 117, por inadvertidamente se ter saltado de 3 a 5, e de 85 a 87» e no fl. 12, em que foi anotada a data de resposta ao ofício recebido. Os ofícios são enviados por diversas entidades e figuras, tal como autoridades administrativas (ex.: Administrador do Bairro, Câmara Municipal do Porto, Junta Geral do Distrito do Porto, Ministro do Interior, Repartição de Fazenda do 2.º Bairro); companhias e serviços (ex.: Chefe da Inspecção de Telégrafos, Gerente da Companhia de Carris de Ferro do Porto, Inspector Geral dos Incêndios, Sociedade de Energia Eléctrica do Porto); outras Irmandades e confrarias (ex.: Irmandade da Lapa, Ordem do Carmo, Real Confraria do Santíssimo Sacramento da Vitória); assim como Irmãos e privados.
No final do livro encontram-se alguns ofícios soltos, pela seguinte ordem:
- Circular n.º 199, enviada pela Administração do Bairro Ocidental ao Juiz da Irmandade dos Clérigos Pobres em 1935-08-30;
- Circular n.º 207, enviada pela Administração do Bairro Ocidental ao Prior da Irmandade dos Clérigos Pobres em 1935-09-24;
- Circular n.º 61, enviada pela Administração do Bairro Ocidental ao Juiz da Confraria da Irmandade dos Clérigos Pobres em 1935-04-04;
- Circular n.º 96, enviada pela Administração do Bairro Ocidental ao Juiz da Irmandade dos Clérigos Pobres em 1935-07-13;
- Ofício n.º 121 enviado pela Administração do Bairro Ocidental ao Presidente da Mesa Administrativa da Irmandade dos Clérigos em 1934-09-21;
- Ofício relativo à instalação de iluminação na parte superior da Torre dos Clérigos. Este ofício não refere o nome, nem cargo de quem enviou a carta e como data apenas contém a informação «14 de Agosto»;
- Um envelope, com a indicação manuscrita «N.º 345», dos Serviços Municipais de Gás e Electricidade da Câmara Municipal do Porto e endereçado ao Juiz da Irmandade dos Clérigos. No interior do envelope encontram-se dois ofícios, datados de 13 e 16 de Agosto de 1934, relativamente à questão de iluminação da parte superior da Torre dos Clérigos, como ponto de atracção da cidade;
- Um envelope (vazio) da Administração do Bairro Ocidental do Porto e endereçado ao Juiz da Irmandade dos Clérigos Pobres;
- Um envelope (vazio) da Administração do Bairro Ocidental do Porto e endereçado ao Juiz da Irmandade dos Clérigos Pobres;
- Um envelope (vazio) com a indicação manuscrita «N.º 353», dos Serviços Municipais de Gás e Electricidade da Câmara Municipal do Porto e endereçado ao Juiz da Irmandade dos Clérigos Pobres.
Livro constituído por mapas, relações e listas de irmãos seculares, de ambos os géneros, e religiosos da Irmandade dos Clérigos do Porto. Os mapas (três) elencam as pessoas – sacerdotes e seculares –, residentes dentro e fora da cidade do Porto, contactadas, por carta, pela Mesa, para se “alistarem” como Irmãos na Irmandade dos Clérigos do Porto. Nestes registos, assentaram, entre outros dados, a profissão; o nome; o cargo; o título; a residência; o resultado do convite; os motivos que conduziram à recusa do mesmo e informações de cariz diversificado relacionadas com o pagamento da joia. As relações (três), em formato de tabela, apresentam dados elementares dos Irmãos: profissão; nome; cargo; título; estado civil e nome do marido (nos registos das irmãs); residência e remissão para os fólios do «Livro de Matriculas e Entradas d’ Irmãos». Do arrolamento dos Irmãos vivos em 1928-00-00, fazem parte dados como: a profissão; o cargo; o título; o nome; a residência e a remissão para o «Livro de Matriculas e Entradas d’ Irmãos».
Esta fonte apresenta ainda soltas várias listas antroponímicas.
Tabelas com valores de receita (relativos a: juros, acções da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro, receitas não orçadas, aluguer de lojas, entre outros) e de despesa (relativos a: ordenados, Coro, missas, guisamentos, décima de juros, entre outros) de cada ano económico. Na despesa do ano económico 1911-1912: parcelas de valores do «Orçamento 2º supplementar».
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoRegisto numerado, com as seguintes informações divididas em colunas: data de saída dos bilhetes vendidos para visita da Torre dos Clérigos, número de bilhetes vendidos, data de entrega, total recebido (quantitativos provenientes da venda) e percentagem paga pela mesma venda. Com uma coluna destinada a observações.
Com termo de abertura num dos fólios iniciais não numerados e termo de encerramento no fl. 100v.
Registo das dívidas activas e passivas da Irmandade dos Clérigos do Porto. As relações de dívidas, em formato de quadro, eram elaboradas no dia 30 de Junho de cada ano e constam do nome dos devedores/credores, a importância em causa, a sua proveniência, os anos económicos a que se reportam e, em alguns casos, observações, tais como a data de pagamento das dívidas. Todos os registos são validados através da assinatura dos membros da Mesa, após leitura da relação de dívidas e confirmação da mesma com a escrituração respectiva.
Esta fonte contém termo de abertura (fl. não numerado) e termo de encerramento (fl. 94v.).
Cópias dos Acórdãos da Comissão Distrital do Porto (Junta Geral do Distrito do Porto) relativos à verificação e aprovação das contas de receita e despesa anual da gerência da Irmandade dos Clérigos, freguesia da Vitória, Bairro Ocidental.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoQuadros de registo das mordomias da Senhora das Dores, divididos por colunas, de que constam as seguintes informações: nomes; moradas; quantia paga anualmente.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoNa segunda metade do século XIX, a Irmandade requereu a redução das obrigações contraídas por legados até 1871. Neste pedido – assente no facto de já há vários anos os Mesários, por falta de recursos, terem deixado de cumprir a totalidade dos encargos transmitidos – não constavam a cerimónia de Lava-Pés aos pobres na Quinta-Feira Santa; o Jubileu das Quarenta Horas; a missa e esmolas no dia de Santa Ana e o Legado de Santa Maria de Oliveira.
Neste âmbito, registaram no presente livro uma breve descrição dos encargos e bens deixados à Irmandade pelo Irmão António da Costa Paiva, Barão de Castelo de Paiva; pelo Irmão Reverendo Manuel Vieira Peixoto; pelo Irmão António Rodrigues Quelhas; pelo Irmão Reverendo Victorino José de Almeida Brandão; pelo Irmão Reverendo António da Silva Rocha; por Dona Maria Emília de Jesus Magalhães Cabral e por Dona Ana Bernardina de Santo Tomás Simões e Dona Engrácia Roberta Simões.
Esta fonte contém ainda vários documentos soltos: certidões de missas rezadas por alma de Dona Maria Emília de Magalhães Cabral (1920-12-25) e de Diogo José Cabral (1921-01-08) e documentação relativa ao legado deixado por Dona Emília Cabral Pereira Cardoso (1909-12-11).
Livro para transcrição dos indultos apostólicos concedidos à Irmandade dos Clérigos do Porto. Este livro contém as cópias dos seguintes indultos:
- União das Irmandades, por Clemente XI em 1710-10-06;
- Isenção Paroquial, por Clemente XII em 1734-08-26;
- Indulgência plenária de 7 anos, por Bento XIV em 1749-06-30;
- Altar da Irmandade privilegiado para os Irmãos no dia dos Defuntos e aos Sábados, por Bento XIV em 1749-09-22;
- Altar de São Paulo privilegiado no dia dos Defuntos e Oitava e dois dias da semana, 2.ª e 4.ª por 7 anos, por Bento XIV em 1749-10-01;
- Altar privilegiado de Santa Ana, por Bento XIV em 1753-02-21;
- Indulgência plenária no dia de Santo António por 7 anos, por Bento XIV em 1753-03-26;
- Para ter o Santíssimo Sacramento, por Bento XIV em 1755-11-22;
- Comutação dos Responsorios de Dionísio Verne, pela Sagrada Congregação dos Cardeais da Santa Igreja de Roma em 1756-05-08;
- Indulgência na Capela de Nossa Senhora da Lapa por 7 anos, por Bento XIV em 1757-02-10;
- Indulgência plenária no dia de Nossa Senhora da Assunção por 7 anos, por Bento XIV em 1757-06-17;
- Privilégio no Altar do Hospital para as missas que se celebrarem no dia de óbito de algum enfermo no Hospital, por Clemente XIV;
- Indulgência plenária para os Irmãos no dia em que entram para a Irmandade, no artigo da morte e dia de Festa, por Clemente XIV em 1771-05-28;
- Indulgência plenária para o artigo da morte, por Clemente XIV em 1771-05-31;
- Privilégio para as Missas dos Estatutos, por Clemente XIV em 1771-05-31;
- Altar da Enfermaria Privilegiado, por Clemente XIV em 1771-05.30;
- Breve perpétuo de Indulgência plenária para uma sexta-feira da Quaresma e sete anos e sete quarentenas em todas as sextas-feiras da mesma, por Pio VI em 1778-12-11;
- Breve perpétuo de Indulgência plenária para um Sábado de cada ano e sete anos e sete quarentenas de cada mês e em dia todos os Sábados do ano, por Pio VI em 1778-12-11;
- Breve para Indulgência plenária para as 40 horas, por Pio VI em 1778-12-11;
- Breve de Indulgência plenária para o dia da Festa de Nossa Senhora da Assunção e sete anos e sete quarentenas nas outras cinco festas da mesma Senhora, por Pio VI em 1778-12-17;
- Breve de Indulgência plenária para os moribundos da Enfermaria, por Pio VI em 1778-12-11;
- Breve de privilégio ao Altar das Enfermaria, por Pio VI em 17781-12-11;
- Breve para segundo altar privilegiado na Igreja, por Pio VI em 1778-12-12;
- Breve para ser privilegiado o Altar de São José para as missas pelas almas dos Irmãos, ampliando este privilégio a todos os Altares da Igreja no dia de óbito ou deposição de qualquer Irmão, por Pio VI em 1779-01-05;
- Breve para se dar a absolvição aos Irmãos no artigo da morte;
- Breve para nos dias 13 e 14 de Agosto se cantarem as missas de São Filipe de Néri, e São Pedro ad Vincula em concorrência de outros santos, por Pio VI em 1789-05-14;
- Breve para no Sábado seguinte ao dia décimo de Novembro se rezar e dizer Missa de Santo André Avelino com oritu duplex, por Pio VII em 1803-01-15;
- Indulto do Núncio Apostólico e concessão de Indulgência para os fiéis que rezarem diante da imagem de Santo André Avelino, colocada na Igreja dos Clérigos, em 1804-07-07;
- Breve requerido à nunciatura reduzindo a 6 o número de 7 capelães do coro, em 1903-07-20.
Este livro contém termo de abertura (fl. 1) e termo de encerramento (fl. 145v.).
Relação dos indivíduos contemplados no rito religioso de lava- pés, realizado anualmente, na Quinta-Feira Santa. As relações de lavandos - relativas aos anos de 1882 a 1899 - contêm o nome dos mesários da Irmandade dos Clérigos; o nome dos indivíduos contemplados; o nome do alfaiate; assim como diversas observações (ex.: indicação de morada, de idade, de estado civil e de incapacidade, tal como cegueira, surdez, paralisias corporais, etc.).
Este maço contém igualmente as relações de indivíduos pobres contemplados com o legado do Irmão António José da Cruz Magalhães, que instituiu a distribuição de vestuário para 12 homens e 13 mulheres, a 18 de Abril de cada ano. As relações deste legado contêm dados semelhantes às relações da cerimónia dos lava-pés e são relativas aos anos de 1893 a 1899.
Orçamento elaborado em 19 de abril de 1899 pela Secretaria da Irmandade para o ano económico de 1899-1900, o qual apresenta os seguintes elementos: receita (ordinária, extraordinária e dívidas ativas); despesa (obrigatória e facultativa); «Mappa do Producto lequido nos annos anteriores dos rendimentos inscriptos no orçamento» (1895-1898) elaborado a 28 de Abril de 1899; «Relação das dividas activas e passivas da Irmandade dos Clerigos no anno de 1898» elaborada em 1899. Cópia de ofício da Secretaria dirigido ao Administrador do Bairro Ocidental, enviado juntamente com o orçamento. Rascunho da Certidão de que o orçamento esteve exposto aos Irmãos da Irmandade.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do Porto