Documentos comprovativos da receita e despesa da Irmandade do Santíssimo Sacramento, organizados cronologicamente em maços: Maço 23 - 1816; Maço 24 - 1816-1817; Maço 25 - 1817; Maço 26 - 1818-1819; Maço 27 - 1820-1821; Maço 28 - 1821 a 1823 e Maço 29 - 1823-1824.
Série constituída pelos compromissos e estatutos originais da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Encarnação de Lisboa. O Compromisso de uma irmandade ou confraria é o documento escrito que determina a sua natureza e fins, indicando geralmente as pessoas que podiam ser admitidas como irmãos ou confrades, os respectivos deveres e direitos, quais os órgãos que a administravam, como eram eleitos e quais as suas obrigações, que empregados a irmandade ou confraria podia ter e quais as fontes de receita de que dispunha e em que é que podiam ser aplicadas. O Compromisso da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Encarnação de 1788, que começou a ser preparado após o Terramoto de 1755, não chegou a ser aprovado. O primeiro compromisso aprovado data já de 1817. Esta série é constituída pelos originais dos Compromissos e alguns documentos anexos, referentes aos anos de 1817, 1861, 1893, 1913 e 1935.
Apresenta uma tipologia semelhante a um livro Caixa, com os registos da receita na página da esquerda e os da despesa na página da direita (Deve e Há-de Haver), com a informação disposta em colunas, indicando: ano, mês e dia, descrição da receita/despesa e valores divididos em colunas com as quantias em papel e em metal. No final de cada folha estão as rubricas do tesoureiro (à esquerda) e do escrivão (à direita). Os averbamentos da despesa possuem uma numeração sequencial, correspondendo à mesma numeração dos documentos comprovativos (ver série com ref.ª PT-INSE-ISSIE/GF/05). No final de cada ano económico, existe um termo de conferência e exame da conta, assinado por todos os membros da Mesa da Irmandade. Possui em anexo um assento de Revisão das Contas (1821-06-10). Tesoureiro: António Carvalho; Francisco João Bradi; Alexandre António das Neves. Escrivão: Gaspar Feliciano de Morais; António José Maria de Brito.
Registos organizados cronologicamente, mas possuindo cada uma das verbas descriminadas individualmente, com a data em que é lançada à esquerda da descrição. No final de cada mês apresenta um balanço e uma espécie de índice, referenciando o livro e fólio dos livros de receita e despesa. Não possui, como acontece nos livros anteriores, termos mensais de conferência de contas pela Mesa da Irmandade.
Assentos organizados por ruas onde a Irmandade possuía ou administrava casas arrendadas. Cada folha diz respeito a um inquilino, ou a dois ou mais, nos casos em que existe mudança de arrendatário. Em cada registo indica-se a data (ano, mês e dia), o andar de casas, a rua, o nome do inquilino, a renda acordada, a periodicidade do pagamento da renda (anual, semestral) e alterações da renda, no lado esquerdo da folha; no lado direito da folha assentam-se os pagamentos realizados, indicando a data (ano, mês e dia) em que foi passado o conhecimento, de que valor e data do seu vencimento (mês e ano). Possui termos de abertura e encerramento. Existem alguns registos da Conta Corrente com o Procurador da Mesa - Manuel Francisco da Cruz (f. 86-89) com registos datados de 1811-12-31 a 1813-01-01.
Acórdãos da Mesa da Irmandade do Santíssimo Sacramento, relativos ao período entre 1818 e 1828. Em anexo apresenta documentos com várias anotações relativas aos Acórdãos contidos neste livro, sem data. Este livro contém termos de abertura e de encerramento. Juiz: António José Coelho. Escrivães: António José Maria de Brito (1818-1819); Gaspar Feliciano de Morais; Anacleto da Silva Morais; António Mazziotti (1828).
Contas correntes com os devedores indicando, no topo da folha, o nome do devedor em conta corrente; no lado esquerdo da folha, em colunas: ano, mês e dia, descritivo da dívida e seu valor total, descrição parcelar dos juros ou foros anuais em dívida e seu valor; no lado direito da folha indicam-se: o ano, mês e dia, descrição dos pagamentos efectuados pelo devedor, referência ao livro de receita e fólio onde se acha lançada a verba respectiva da receita para a Irmandade e valor pago (numérico). Surgem referências ao Livro de tombo (ver série ISSIE/GF/10). Possui termos de abertura e encerramento. Não possui índices. Escrivão: António José Coelho da Fonseca.
Nesta subsecção incluíram-se diversos conjuntos documentais como sejam os tombos e inventários de bens (1843-1946), autos de inventários (1934-1942), inventários das alfaias (1819-1830), ficheiro de paramentos e alfaias (séc. 19-20), inventários de livros e documentos do Cartório da Irmandade do Santíssimo Sacramento (1820), inventário e avaliação de peças de prata (1917), inventário de valores que existiam com a tomada de posse da Comissão Administrativa (1911), relatório de entrega do cofre (1859) e uma série de borrões, minutas e índice de inventários de bens (1937-1975).
Série constituída por um livro com o Inventário das Alfaias pertencentes à Irmandade realizado em 1819, com diversas alterações datadas de 1830, segundo nota na folha de rosto.
Esta secção é constituída pelos diversos conjuntos documentais relativos às obras realizadas na Igreja e noutros imóveis pertencentes ou a cargo da Irmandade do Santíssimo Sacramento e aqueles que foram produzidos pela Comissão encarregue de terminar as obras de reedificação da Igreja e do Projecto Gratuito. Incluíram-se aqui as séries de registo das conferências da Comissão de Obras (1820-1824), projecto de Empréstimo Gratuito (1819), receitas e despesas do Cofre das Obras (1820-1825), empréstimo para a obra da Igreja (1820-1880), receita proveniente dos peditórios para as obras (1822) e os documentos referentes às rifas, cujo produto se destinava também a custear as obras (1822).
Apresentação, em Outubro de 1819, do projecto do empréstimo gratuito pelos irmãos da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação: Domingos Gomes Loureiro, Manuel Ribeiro Guimarães e Anacleto da Silva Morais. Esta apresentação explica as razões do projecto, as condições em que deveria decorrer o empréstimo, os livros e documentos que deveriam existir, os modelos dos livros e documentos referidos e as instruções de preenchimento dos mesmos.
A informação encontra-se organizada por localização - sala ou corredor, armários e prateleiras, indicando: quantidade, descrição dos paramentos ou alfaias, características, cores e observações (ex.: falta, usado, novo, para acompanhar o Santíssimo, no trono, no cemitério, com guarnição de ouro fino, etc.). Apresenta descrição dos objectos a cargo do irmão procurador da Mesa, do fabriqueiro, do tesoureiro, do andador e do escrivão da Mesa e localizados na Casa dos Armários, na Casa da Cera, no corredor, Casa da Fábrica e na Igreja. Possui uma anotação na primeira folha: “Em 22 de Fever.º de 1830 tomei posse do cargo de Procurador da Mesa da Irmand.e do SS. Sacram.to da Freg.ª de N. S. da Encarnação e nesto caderno estão assentes todas as Alfaias pertencentes a d.ª Irmand.e com as faltas q apontei nos seus competentes lugares”. Não possui termos de abertura e de encerramento. Consultar também Cartório - Diferentes objectos, Maço 1, n.º 23 (ref.ª PT-INSE-ISSIE/CT/04-01).
Projecto do empréstimo gratuito, indicando as razões porque surgiu, as condições do empréstimo, os livros e documentos que deveriam existir, modelos dos livros e documentos e as instruções de preenchimento dos livros de registo e apólices. O formulário n.º 1 corresponde ao das Apólices (Ver exemplares no maço da série ref.ª PT-INSE-ISSIE/CT/03-01a; o formulário n.º 2 corresponde ao livro de Empréstimo para a obra da Igreja (PT-INSE-ISSIE/CO/04-01); o formulário n.º 3 ao livro de Cofre das obras da Igreja (Ver PT-INSE-ISSIE/CO/03-01). No final apresenta as assinaturas das pessoas que "Subscrevem para o Emprestimo na forma do Projecto" e “as quantias que declara cada hum”, identificando-se à frente da assinatura os que fazem donativo ou os que contribuem na conformidade com o "Plano".
Série constituída por um livro em que se registam mensalmente as receitas e despesas da obra da Igreja, durante o período que funcionou a Comissão de Obras.
Série constituída por duas unidades de instalação: a primeira trata-se de livro dividido em duas partes: uma com os livros existentes no Arquivo da Irmandade, datado de 1820, seguido de um índice onomástico dos tesoureiros e escrivães e a descrição dos documentos avulsos, organizados por armário e maços onde estavam acondicionados. A segunda unidade é um maço onde foram acondicionadas umas folhas com minutas de descrição de documentos contidos em maços, sem indicação de data de produção, numerados de um a catorze, indicando o número de processo e descrição do conteúdo.