Documentos de despesas elaborados e/ou organizados pelos tesoureiros da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja de São Nicolau, entre os quais, António Montez Garcia e Peregrino José Montez durante o tempo em que serviram na Mesa Administrativa. Os documentos versam, sobretudo, sobre as visitas que os enfermeiros do mês e médicos fazem aos irmãos pobres, viúvas de irmãos pobres e seus familiares e paroquianos pobres, em conformidade com as disposições do Compromisso da irmandade, atendendo aos requerimentos dos mesmos (no ano de 1833, em virtude da epidemia de cólera, muitas das petições diziam "… que a suplicante, achando-se gravemente acometida da moléstia, que atualmente grassa nesta cidade…") as quais incluem, em termos gerais, a desobriga das duas próximas quaresmas concedidas pelo padre-cura/prior, após ter atestado o seu estado de pobreza e que vive na paróquia, o pedido do provedor da Mesa para que o enfermeiro do mês informe a Mesa depois de ouvir o parecer do médico e por vezes também do cirurgião, informação do enfermeiro em como aceita o doente e a duração da assistência a prestar em conformidade com a informação do médico; declaração do enfermeiro e/ou do médico em como visitaram o doente, o diagnóstico, enumeração das várias visitas, com data e valor da consulta, e o recibo assinado pelo enfermeiro, indicando o nome do tesoureiro que efetuou o pagamento e a data. A documentação está organizada em pequenos conjuntos de documentos reunidos por mês que, na maior parte dos casos, está dentro de uma relação dos enfermos socorridos pela irmandade, na qual consta os nomes, os montantes despendidos com as esmolas dadas aos doentes assistidos, a importância gasta no avio das receitas e recibo dos valores pagos pelo tesoureiro da irmandade ao enfermeiro; seguem-se as respetivas petições dos doentes contendo os elementos já descritos acima, com pequenas variações; e, anexadas, em alguns casos, as receitas contendo no cimo a designação da irmandade, o nome do doente, a medicação, indicação do modo de aplicar ou tomar (posologia), preço, rubrica do enfermeiro que atendeu o paciente e outra rubrica de algum responsável da Irmandade e data; recibos de despesas com medicamentos nas boticas. Inclui ainda, extratos das folhas do livro de lançamento da décima e/ou impostos que os inquilinos dos prédios da irmandade efetuaram; conta e recibos das despesas com diversas festividades (Nossa Senhora da Caridade, Nossa Senhora da Conceição, entre outras); recibos de despesas com material de expediente (papel e impressão de avisos); recibos de vencimentos (médico, andador, cirurgião, escriturário, enfermeiro, procurador, etc.); recibos de foros vencidos pagos pela irmandade, relativamente a uma casa na rua da Oliveirinha, n.º 9, à Comissão de Prestações, criada por decreto de 2 de novembro de 1836. Os recibos estão assinados pelo tesoureiro e por outro vogal da dita Comissão; relações de despesas e recibos referentes a consertos efetuados nas casas e prédios da irmandade (Beco da Cardosa); despesas com causas judiciais da irmandade (autuação, certidão de execução, termo de protesto, requerimentos, etc.); certidão de avaliação de casas da irmandade no Beco da Cardosa; recibo de despesa com a limpeza de chaminés nos prédios da irmandade.
Os maços estão numerados do número [71] ao 77, correspondendo cada maço a um ano (1832-1833; 1833-1834; 1834-1836; 1836; 1837; 1838; 1839-1840). Os documentos estão numerados sequencialmente no canto inferior esquerdo.
