Certidão judicial extraída dos autos de execução hipotecária movida pela Irmandade dos Clérigos a D. Joaquina Rosa de Jesus Costa.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoA série contém o registo de Contas e Orçamentos (ordinários e suplementares) de receita e despesa anuais (por ano económico) da Irmandade dos Clérigos Pobres do Porto. Os registos da Conta Geral da receita e despesa e dos Orçamentos dividem-se por colunas com algumas diferenças no decorrer dos anos. No que respeita à Receita regista-se, de uma forma geral: número das verbas/artigos (numeração sequencial dos registos), receita cobrada (descrição da receita), receita liquidada (valor), receita recebida (valor), com algumas alterações no decorrer dos anos. No que respeita à Despesa regista-se, de uma forma geral: número das verbas/artigos (numeração sequencial dos registos), número dos mandados/documentos (remissão para números de documentação associada), despesa efectuada (descrição da despesa), despesa liquidada (valor), despesa paga (valor), total (valor). A despesa efectuada classifica-se como obrigatória, compreendendo esta uma divisão por itens (ex.: ordenados, festividades, legados, missas) que, por sua vez também se distribuem em diferentes despesas menores, em alguns anos registam-se igualmente despesas facultativas (as quais se encontram associadas a festividades). Há ainda despesas efectuadas no âmbito dos orçamentos suplementares. A receita cobrada classifica-se como ordinária (ex.: juros de inscrições, juros de obrigações, dividendos de Acções, foros a dinheiro, aluguer de lojas, esmolas dos benfeitores) extraordinária (ex.: jóias dos Irmãos novos), não orçamentada (ex.: legado), dívidas activas. No âmbito do registo e classificações de receitas e despesas ao longo do tempo observam-se algumas alterações. Registam-se observações e cópias de acórdãos de aprovação de contas pela Junta Geral do Distrito do Porto junto dos registos de receita e despesa.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoEleição de Juiz, Juiza e Mordomos que têm de servir na festividade de Santo André Avelino nos anos: 1872 a 1873; 1871 a 1872; 1870 a 1871; 1874 a 1875 (por esta ordem). Cada registo de eleição apresenta a lista de nomes dos eleitos. Junto a grande parte dos nomes dos mordomos eleitos encontram-se anotados valores de quantias pagas (ex.: «Pg 500 rs»).
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoQuadros de registo das mordomias da Senhora das Dores, divididos por colunas, de que constam as seguintes informações: nomes; moradas; quantia paga anualmente.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoRegistos anuais (ano económico de julho a junho) de Receita (ex.: juros, entradas de Irmãos, esmolas) e Despesa (ex.: culto divino, ordenados, festividades, cera…) da conta da gerência da Mesa da Irmandade. Tomadas de contas e aprovação das mesmas no final do registo de contas de cada ano económico.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoLivro constituído por mapas, relações e listas de irmãos seculares, de ambos os géneros, e religiosos da Irmandade dos Clérigos do Porto. Os mapas (três) elencam as pessoas – sacerdotes e seculares –, residentes dentro e fora da cidade do Porto, contactadas, por carta, pela Mesa, para se “alistarem” como Irmãos na Irmandade dos Clérigos do Porto. Nestes registos, assentaram, entre outros dados, a profissão; o nome; o cargo; o título; a residência; o resultado do convite; os motivos que conduziram à recusa do mesmo e informações de cariz diversificado relacionadas com o pagamento da joia. As relações (três), em formato de tabela, apresentam dados elementares dos Irmãos: profissão; nome; cargo; título; estado civil e nome do marido (nos registos das irmãs); residência e remissão para os fólios do «Livro de Matriculas e Entradas d’ Irmãos». Do arrolamento dos Irmãos vivos em 1928-00-00, fazem parte dados como: a profissão; o cargo; o título; o nome; a residência e a remissão para o «Livro de Matriculas e Entradas d’ Irmãos».
Esta fonte apresenta ainda soltas várias listas antroponímicas.
Este livro servia para o lançamento das datas de admissão dos Irmãos, de ambos os géneros, na Irmandade dos Clérigos do Porto e respectivas joias. Os registos contêm dados como: a data de admissão; a profissão, o cargo e o título; a categoria de Irmão (por exemplo: secular); o nome e o valor da joia.
Nesta fonte, surgem vários documentos soltos.
Relação dos indivíduos contemplados no rito religioso de lava- pés, realizado anualmente, na Quinta-Feira Santa. As relações de lavandos - relativas aos anos de 1882 a 1899 - contêm o nome dos mesários da Irmandade dos Clérigos; o nome dos indivíduos contemplados; o nome do alfaiate; assim como diversas observações (ex.: indicação de morada, de idade, de estado civil e de incapacidade, tal como cegueira, surdez, paralisias corporais, etc.).
Este maço contém igualmente as relações de indivíduos pobres contemplados com o legado do Irmão António José da Cruz Magalhães, que instituiu a distribuição de vestuário para 12 homens e 13 mulheres, a 18 de Abril de cada ano. As relações deste legado contêm dados semelhantes às relações da cerimónia dos lava-pés e são relativas aos anos de 1893 a 1899.
Nos primeiros fólios são registados o «Deve» e o «Hade haver» (receita e despesa), desde Agosto de 1831, com remissão para registos em fólios posteriores do livro em que é registada a informação sobre cada propriedade adjudicada (a mesma propriedade surge registada mais do que uma vez ao longo do livro como se verifica pelo índice final).
Mapas de receitas e despesas das casas adjudicadas e caseiros da Irmandade (ex.: juros, rendas/alugueres, obras, décima). Registo de informações relativas às casas da Irmandade: data de hipotecas, tipo de arrendamento, alterações nos contratos, pagamentos de fianças, juros pagos pelos devedores, nomes e profissões de caseiros e fiadores, execuções e adjudicações, despesas com obras, pagamentos de alugueres e pensões, entre outras.
Índice final, nos fls. 194-196, com remissão para fólios do livro (a partir do fl. 22), número dos arrendamentos, localização (ex.: Rua das Flores, Fonte da Colher (Miragaia), Rua do Cativo e Cimo de Vila, Corpo da Guarda, Rua da Bela Princesa) e nome dos caseiros.
Alguns fólios apresentam riscos por cima da informação registada.
Contém folhas menores, soltas, com anotações relativas a contas (ex.: cálculos, recibos), uma delas com a conta do trabalho pago a oficiais responsáveis pela armação da festa de Santo André Bellino datada de 1871.
Com termo de abertura no fl. 1 e termo de encerramento no fl. 201v.
Registo do pagamento dos caseiros (com indicação dos seus nomes e valor do aluguel) de cada casa adjudicada à Irmandade (receita), e registo das despesas da Irmandade com cada casa (ex.: foro, reparos/obras, décima). Indicação de nomes dos proprietários e localização das casas adjudicadas à Irmandade, por exemplo: Casa do Corpo da Guarda pertencente aos herdeiros de Joana Rosa Botelho; Casa da Fonte da Colher pertencente aos herdeiros de D. Mariana de Noronha Leme Cernache; Casa da Rua dos Bragas pertencente aos herdeiros de João Pinto; Casa da Rua de Cima de Vila pertencente aos herdeiros de D. Ana Gomes; Casa da Rua das Congostas pertencente aos herdeiros de Francisco António Arouca.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoPropostas e orçamentos para empreitadas de várias obras e reparações no edifício e Igreja da Irmandade dos Clérigos do Porto, tal como: reparação do órgão; limpeza do ouro nos altares da Capela de Nossa Senhora da Lapa; colocação de soalho na Igreja dos Clérigos; ladrilhar a tijolo os passadiços na parte superior do edifício; pintura das imagens nos altares; etc. Este maço contém igualmente recibos de gastos em lojas de paramentaria e douramento; um ofício a comunicar a eleição do monsenhor António José Rodrigues Pereira para a Junta consultiva da Irmandade e uma procuração pela qual os deputados e mesários da Irmandade dos Clérigos do Porto constituíram como seu bastante procurador a Duarte Huet Bacelar, Tesoureiro da mesma, em relação à assinatura da escritura do contrato de empreitada de obras na Igreja dos Clérigos, adjudicada em Mesa da Irmandade a António Pinto Neiva e Luís Pinto Neiva.
Mesa da Irmandade dos Clérigos do PortoDocumentos relativos às casas adjudicadas à Irmandade dos Clérigos (em Miragaia, na Rua dos Bragas, na Fonte da Colher, no Corpo da Guarda, na Rua do Cativo e Cima da Vila, na Rua Fernandes Tomás). Recibos de pagamentos (ex.: aluguer, foros, pensões) e contribuição predial e da décima (com formulários impressos). Documentos de despesa com casas adjudicadas à Irmandade (ex.: rois, contas, mandado impressos…). Apólice de seguro contra fogos. Contém ainda: pedidos do Padre Manuel Correia de adiantamento do seu pagamento à Irmandade por estar doente; «Relaçam das pendências pertencentes à Irmandade Clerical e o estado em que se achão em o 1º de Junho de 1855»; «Mappa das Cauzas pendentes da Irmandade Clerical, de que é actualmente Prezidente o Muito Reverendo Senhor Joze Dias de Oliveira Vigario Geral deste Bispado e Secretario actual o Senhor João Lopes Fortado».
As folhas que envolvem alguns conjuntos de documentos deste maço constituem reaproveitamentos de papel.
Mapas anuais de Irmãos e valores relativos ao pagamento dos anuais e multas de faltas a ofícios pela alma dos Irmãos falecidos, a missas de círculo nos Sábados de cada mês e a missas de esquadra.
Os mapas, devido à reforma do valor dos anuais, estão divididos em Irmãos admitidos antes e depois da reforma e são compostos pelos seguintes campos: referência ao Livro de Entrada, nome dos Irmãos e valores a cobrar pelos anuais, anuais em atraso, ofícios, missas de círculo, missas de esquadra e total. Para além destes dados, surgem anotações diversas, tal como a indicação de que os Irmãos estavam compostos, cargos relevantes (ex.: Bispo do Porto, Abade de Miragaia, etc.) e indicação de falecimento.
Guias de pagamentos efectuados à Irmandade dos Clérigos do Porto. Os pagamentos relacionam-se, sobretudo, com as actividades financeiras da congregação, os actos quotidianos de carácter religioso e rendimentos relacionados com o próprio edifício da Irmandade. No que respeita às actividades financeiras, encontram-se pagamentos relativos à cobrança de juros de capital emprestado; dividendos de apólices (ex.: Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro; obrigações da Companhia Geral do Crédito Predial Português); depósito de capitais em casas bancárias; cobrança de foros e pensões; assim como rendas do aluguer de casas adjudicadas à Irmandade. Entre os pagamentos encontram-se igualmente rendimentos relacionados com a vida religiosa da Irmandade, tal como entregas de importâncias pelo Tesoureiro da Igreja e da Sacristia relativas a mordomias de devoção; emolumentos funerários; esmolas de benfeitores; esmolas e ofertas recolhidas nas caixinhas da Igreja; venda de cadernos de ofícios de defuntos; receitas de anuais, missas e ofícios; jóias de entrada de novos Irmãos; entre outros. As guias de pagamento contêm ainda rendimentos provenientes da utilização do edifício da Irmandade, tal como a renda para colocação de anúncios nos muros; aluguer de lojas nos baixos do edifício; e venda de bilhetes para visitar a Torre.
As guias de pagamento são constituídas por formulários impressos, que, embora com algumas modificações ao longo do tempo, contêm essencialmente as seguintes informações: ano económico; número da guia; quantia do pagamento em numerário; nome do pagador; nome do Tesoureiro; descrição da quantia, a sua proveniência e data de vencimento; confirmação através da data e assinatura do Vice-Presidente, do Secretário e do Tesoureiro; assim como a referência às folhas do Diário em que a respectiva receita foi registada e a rubrica do funcionário que elaborou o mesmo registo.
Nos primeiros fólios, receitas e despesas são registadas lado a lado, no verso e frente dos fólios, respectivamente, com registo da data de cada item contabilístico (dia, mês, ano).
Os itens de Receita são apenas relativos a Setembro de 1841 e encontram-se divididos por grupos/categorias: «Anuaes e juros»; «Alugueis».
As despesas são denominadas de «miúdas» e registam-se até Fevereiro de 1847. No fólio 2v é indicado que as despesas miúdas de 1842 para 1843 não vão lançadas neste livro por se encontrarem no livro da Caixa, registando-se a partir daí, as despesas miúdas desde Setembro de 1843. Resumo das despesas a cada trimestre. Despesas miúdas: conserto de relógio, lampião, papel, tinta de escrever para o Cartório, gratificação, franquia de carta, entre outras.
No fólio 116v encontra-se uma «Declaração em duplicado das propriedades que possúe na fregezia de Cedofeita, e bem assim dos inquilinos que as ocupam, e das pessoas da minha família, que segundo a lei tem a pagar Decima Industrial. De 1845 para 1846», em formulário impresso, de que consta apenas uma propriedade.
Com termo de abertura no fl. [1] e termo de encerramento no fl. 192v.