Discurso do sacerdote que preside à tomada de posse e guião com as perguntas feitas durante a cerimónia aos novos mesários e as respostas que devem dar. Transcreve também o discurso do sacerdote antes do juramento dos mesários e o texto dos dois juramentos que devem ser realizados, primeiro o colectivo e depois o individual, lido por cada um dos novos membros da Mesa, com a mão sobre os Evangelhos. Existem dois exemplares iguais, dactilografados.
Contém documentos referentes à posse e venda, pela Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, de diversas propriedades, na Rua da Atalaia, Rua da Cruz, prédio anexo à Igreja e outros documentos que provam o direito de posse do pátio e anexos à Igreja, assim como do direito de servidão de acesso pelo prédio localizado no Largo do Chiado. Inclui ainda uma avaliação da propriedade da Igreja e anexos, datada de 1937.
Série constituída pelos textos de apoio necessários à tomada de posse dos novos mesários da Irmandade do Santíssimo Sacramento.
Relatório resumido da Avaliação da Propriedade da Igreja e anexos, pertencente à Irmandade do Santíssimo Sacramento da Freguesia de Nossa Senhora da Encarnação de Lisboa. Foi avaliador Alfredo Sacaria de Abreu, inspector-avaliador do Crédito Predial Português.
Livro das actas das reuniões da Mesa da Irmandade do Santíssimo Sacramento e das reuniões da Assembleia-geral da Irmandade. Tem assinalado, antes da transcrição da Acta, se se trata de uma sessão da Mesa ou de uma Assembleia-geral. As actas deste livro estão numeradas de 84 a 142, com numeração seguida, independentemente de se tratar de actas das sessões da Mesa ou da Assembleia-geral. Possui termos de abertura e encerramento.
Apresenta os débitos e créditos separados e organizados cronologicamente. Na página da esquerda lançam-se os registos da receita: data (ano, mês e dia), descrição da receita e valor respectivo e na página da direita os registos da despesa, indicando a data (ano, mês e dia), a descrição da despesa, número do documento comprovativo e valor. No final de cada ano económico faz-se o termo de encerramento da conta e verificação da receita, assinado pelos membros da Mesa. De 1928 a 1934 o encerramento da conta realiza-se no final do mês de Junho, passando a fazer-se no final do ano civil a partir de 1935 (segundo o Decreto-lei n.º 25299, de 6 de Maio de 1935). Possui termo de abertura e de encerramento. Tesoureiro: Joaquim José Serra.
Livro sem registos, aproveitado de um livro Caixa, com as folhas numerados de 81 em diante, possuindo apenas os termos de abertura e encerramento. No título apresenta uma nota que refere tratar-se de um livro constituído segundo a art.º 108.º do Regulamento Geral das Associações de Fiéis, que determinava que as Associações deveriam possuir um livro de registo de correspondência recebida, com a relação de todos os ofícios e mais papéis enviados à associação. Juiz interino: A. M. Botelho.
Série composta por um maço, contendo um conjunto de verbetes, que serviam para facilitar a passagem dos recibos das quotas aos irmãos. Os verbetes encontram-se organizados alfabeticamente pelo apelido do irmão.
Esta série é composta por sete livros, em que se transcreve toda a correspondência expedida pela Irmandade do Santíssimo Sacramento, organizada cronologicamente pela data de expedição. Os tipos documentais e assuntos são variados: ofícios, avisos, conta geral, cartas, exame das contas de testamentarias, exame dos autos de execução, anúncios colocados na imprensa, circulares aos definidores ou aos irmãos, informações sobre os pedidos ou requerimentos à Irmandade, procurações para celebração de escrituras, representações ao Cardeal Patriarca, entre outros. Alguns dos livros apresentam índice: o segundo numa folha em anexo e o terceiro, o quinto (este encontra-se em branco) e sexto estão integrados nos livros, organizados com recurso a marcadores alfabéticos, inscrevendo-se os nomes das entidades e/ou indivíduos a quem foi enviada a correspondência.
7 cadernetas de recibos de quotas e esmolas numeradas de 25 a 31, estando os recibos organizados pelo número do fólio do Livro de Anuais: Caderneta 25 - recibos 189 a 202 relativos a 1928, 1 a 204 de 1929 e 1 a 122 de 1930 (1929-01-01 a 1931-01-01); Caderneta 26 - recibos 123 a 217 de 1930 e 1 a 221 de 1931 (1931-01-01 a 1932-01-01); Caderneta 27 - recibos 1 a 222 de 1932 e 1 a 150 de 1933 (1933-01-01 a 1934-01-01); Caderneta 28 - recibos 151 a 225 de 1933 e 1 a 158 de 1934 (1934-01-01 a 1935-01-01); Caderneta 29 - recibos de anuais de 1935, não numerados (1936-01-01); Caderneta 30 - recibos de anuais de 1935 e 1936, não numerados (1936-01-01 a 1936-11-09); Caderneta 31 - recibos de anuais de 1936 (1936-11-09).
Cada verbete indica o número do livro e fólio do Livro de Assentos dos Irmãos, o nome do irmão, a morada ou local de trabalho (para cobrança) e data de entrada para a Irmandade. Alguns dos verbetes possuem anotações, tais como: falecido, remido, etc., e ainda registo de alterações de moradas ou outros elementos, como por exemplo, a passagem do pagamento da quota para outro familiar.
A correspondência registada neste livro encontra-se organizada cronologicamente, continuando-se a numeração do livro anterior, apresentando as cópias com os números 350 a 435 (as últimas duas cópias sem numeração). Contém um índice final com marcadores alfabéticos. De entre os destinatários destacam-se o Arcebispo de Mitilene, o Cardeal Patriarca, o administrador do 2.º Bairro de Lisboa, o presidente da Junta de Freguesia da Encarnação, o Governo Civil de Lisboa, a Câmara Municipal de Lisboa, Caixa Geral de Depósitos, Junta Geral do Distrito de Lisboa, Companhias de gás e electricidade e Águas de Lisboa, entre outros. Escrivão: Henrique Carlos Marques Cruz.
Conta de toda a receita e despesa da Irmandade, organizada por capítulos orçamentais e apresentando termos de encerramento no final de cada ano económico. A despesa apresenta-se dividida por capítulos desde 1911: obrigatórias, de culto, beneficência, etc. A partir de 1918 surgem mais capítulos de despesa: encargos impostos em legados e doações, conservação e reparação do templo e objectos nele contidos, ordenados aos empregados, despesas do culto e assistência. A receita começa a aparecer subdividida em ordinária e extraordinária, a partir de 1923. Possui termos de abertura e encerramento. Tesoureiro: Joaquim José Serra; Manuel José Júlio Guerra. Escrivão: Domingos António; José Ferreira Silva.
Série constituída pelos compromissos e estatutos originais da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Encarnação de Lisboa. O Compromisso de uma irmandade ou confraria é o documento escrito que determina a sua natureza e fins, indicando geralmente as pessoas que podiam ser admitidas como irmãos ou confrades, os respectivos deveres e direitos, quais os órgãos que a administravam, como eram eleitos e quais as suas obrigações, que empregados a irmandade ou confraria podia ter e quais as fontes de receita de que dispunha e em que é que podiam ser aplicadas. O Compromisso da Irmandade do Santíssimo Sacramento da Igreja da Encarnação de 1788, que começou a ser preparado após o Terramoto de 1755, não chegou a ser aprovado. O primeiro compromisso aprovado data já de 1817. Esta série é constituída pelos originais dos Compromissos e alguns documentos anexos, referentes aos anos de 1817, 1861, 1893, 1913 e 1935.
Nesta subsecção incluíram-se os conjuntos documentais relativos ao Cofre dos Socorros, que fora criado pelo Compromisso da Irmandade de 1893 e cujos rendimentos provinham de metade da importância das jóias de entrada dos novos irmãos, dos anuais, de uma percentagem sobre a receita da Irmandade (até 10%) e outras esmolas e donativos. Os rendimentos deste cofre destinavam-se a socorrer os irmãos pobres, pagar ao médico da Irmandade, conceder auxílio pecuniário ou medicamentos aos irmãos que o requisitassem e à realização dos enterros dos irmãos, podendo estender-se alguns destes benefícios aos paroquianos pobres, se houvesse no Cofre verba suficiente. A escrituração do Cofre dos Socorros compreendia a dos livros obrigatórios determinados pelas Instruções do Governo Civil de 1843 e 1859, constituindo as séries de Livros de Contas (1893-1935) e a de Diários do Cofre ou da receita e despesa (1893-1934). Além destas séries de livros existiam também livros de recibos do Cofre dos Socorros (1894-1910). A existência do Cofre dos Socorros não estava contemplada nos Estatutos da Irmandade do Santíssimo Sacramento de 1935, deixando de se fazer, por este motivo, a escrituração em cofre separado.