Livro dividido em duas partes/ misto: lançamento do dinheiro da venda e sorteio de vários artigos, que reverteu para as obras da igreja (com datas entre 1735-04-14 e 1741-04-04); contas, de receita e despesa, da administração do legado de Manuel Joaquim Monteiro de Almeida, Abade de Santa Cruz de Jovim e antigo Presidente da Irmandade (com datas entre 1825-12-23 e 1843-00-00). Junto ao início do registo da administração do legado é indicado que embora o fundo do legado tenha sido lançado no «Livro das Obras a Caza a f. 54 com tudo por motivos que occorrêrão, se resolveo continuar-se a sua Administração neste Livro» (fl. 34). Índice para a segunda parte do livro no fólio 195. Com termo de abertura no fólio [1] e termo de encerramento no fólio 197.
Livro de despesas relacionadas com as obras da Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto. As despesas incluem, por exemplo, a compra de caixões dos ornamentos e pagamento das férias aos trabalhadores das obras realizadas na Sacristia, Igreja e Sino da Torre dos Clérigos. Os registos, organizados por períodos de trabalho (ex.: «Ferias 1.a principiada em 11 de Março de 1771 the 16 d.o»), contêm o nome dos trabalhadores, os dias de trabalho, o valor pago por dia e a soma do mesmo. Os registos contêm igualmente as despesas com materiais para a realização das respectivas obras e a receita das esmolas oferecidas por devotos e que foram aplicadas na obra do órgão da Igreja. Entre os fls. 16v. e 17 encontra-se um papel escrito a lápis com a indicação de que a fl. 14 se encontra a despesa realizada com a fundição do sino grande. Este livro contém termo de abertura (fl. não numerado) e termo de encerramento (fl. [88v.]).
Documentação diversa, respeitante a demandas da Irmandade com devedores, de acordo com o que é registado no fólio 1: «Mapa das demandas e do seu andamento sendo Procurador Agente Manoel Ferreira da Cunha, morador em Santa Catharina nº 175 do lado da Igreja das Almas, o qual he obrigado a apresentar neste cartório o seu andamento e he justo, segundo a sua agurcia no andamento das mesmas. Está obrigado mensalmente no principio de cada mêz a apresentar_a situação e estado dellas elleito em Meza_em 22 de Dezembro 1835». Os registos das demandas contêm geralmente os seguintes dados: nome do devedor; morada; nome do escrivão onde foram realizadas as escrituras, execuções e demandas; descrição do teor dos pleitos; identificação dos fiadores com respectivas moradas; assim como informações diversas relativas aos processos. Na descrição das demandas existem várias remissões para diferentes datas. Alguns fólios encontram-se com um risco por cima da informação registada assim como algumas entradas do índice (que se encontra a fls. 91 e 92). Este livro contém documentação avulsa relativa às demandas, como por exemplo: documentos relacionados com a dívida de Joaquim Rodrigues da Costa (conhecido como «O Sôlha»), cujo processo de demanda se encontra registado a fl. 11 do livro; proposta de gestão da dívida de D. Teresa Henriqueta Osório; relação das pendências da Irmandade no de 1855, entre outros. Termo de abertura no fl. 1 e termo de encerramento no fl. 93v.
Livro composto por listas das multas cobradas aos Irmãos e por róis de esmolas deixadas pelos mesmos na cobrança das multas. As listas das multas recebidas pelo Secretário da Irmandade, encontram-se registadas entre os fls. 3 e 37 e são relativas aos anos económicos de 1792 para 1793 a 1842 para 1843. Elaboradas a partir de dois róis do ano económico anterior, as listas de multas contêm os seguintes dados: nome dos Irmãos, quantia da multa, total da mesma, menção ao fólio da Conta Geral onde a receita foi carregada e assinatura do Secretário em funções. A partir da lista das multas do ano de 1836 para 1837, surge igualmente a indicação do motivo das multas (ex.: faltas a ofícios, missas, festividades, etc.). Entre os fls. 150 e 154 encontram-se registadas listas de esmolas deixadas pelos Irmãos na cobrança das multas, relativas aos anos económicos de 1782 para 1793 a 1801 para 1802. À semelhança das listas de multas, estes assentos são constituídos pelo nome dos Irmãos, quantia das esmolas deixadas à Irmandade, total do valor, menção ao fólio da Conta Geral e assinatura do Secretário. Este livro contém termo de abertura (fl. 1) e termo de encerramento (fl. 188v.).
Livro de conteúdo misto. No fólio 2 existe uma determinação da Mesa da Irmandade, de 17 de Novembro de 1789, para que as despesas e receitas das Casas na Rua de Trás da Sé, «(…) que foram de Nicolau de Souza Cruz», fossem registadas num livro próprio. Segundo o mesmo documento o Secretário da Irmandade deve lançar neste livro as pensões, «(…) que se pagam da forma do testamento do mesmo [Nicolau de Sousa Cruz]» e «(…) tudo mais, que pertencesse as mencionadas Casas». Registo da despesa feita pelo Secretário da Irmandade com as mesmas Casas (ex.: pensões pagas ao Cabido e à Santa Casa da Misericórdia; décima; obras) e receitas/rendimento das mesmas Casas (com indicação do nome de quem paga e aí vive) desde o ano económico de 1783 para 1784 até ao ano económico de 1814 para 1815. Listas de pagamentos de ferias (ex.: pedreiros, carpinteiros) por obras nas Casas na Rua de Trás da Sé. No fim do registo de receita e despesa das Casas na Rua de Trás da Sé é anotado pelo Secretário da Irmandade João Lopes Furtado (fl. 110): «Disse-me o Ex Secretario Joaquim Honorio da Cunha que o produto das cazas supra depois de satisfeito aos (sic) Ignacio Ribeiro, Souto, fora para o fundo do Hospital. Nobembro 3 de 1825». A partir do fólio 110v registam-se os recibos do pagamento ao Sineiro da Sé, por quartéis, desde 1825. Termo de abertura no fólio 1 e termo de encerramento no fólio 199v.
Livro de conteúdo misto. Contas de receita e despesa apresentadas pelo Padre José Fernandes Ferreira, Procurador-Geral e cartorário, ao Doutor António da Cruz Silva, Secretário da Irmandade dos Clérigos (de 28 de Agosto de 1781 a 20 de Março de 1782). Entre as receitas constam, por exemplo: esmolas e juros. Entre as despesas constam, por exemplo: consertos diversos, ordenados, missas de legado. Inventário de peças de prata. Rol dos principais livros do Cartório. A partir do fólio 15 registam-se os termos da eleição do Porteiro e recibos do seu ordenado, entre 1787 e 1837. No fólio 34v é registada a admissão de um Porteiro para a Irmandade, valor do seu ordenado e suas obrigações a 9 de Janeiro de 1858. Com termo de abertura no fólio 1 e termo de encerramento no fólio 50v.
Registo de Receita: rendas de casas, esmolas, juros, enterros, missas, entre outras. No fim consta que se destina às contas das despesas e receita nos anos pertencentes ao cónego Rosário, no entanto apenas se registam receitas de acordo com o termo que encabeça o primeiro fólio («Receita»).
Renovação de prazo pelo Cabido da Sé do Porto de «huas meyas casas, citas na Rua da Revolta, hindo para a Viella de Calca Frades da Freguezia de São Nicolao desta Cidade, que na fronteira tem os N.os 62 e 63 e para a trazeira o Nº 1 ao Reverendo Manoel Joze da Cruz Azevedo morador na Rua de Cedofeita aos 9 de Junho de 1819» (fl. [1]).
Nos finais do século XIX, a Irmandade dos Clérigos do Porto identificou nalguns sacerdotes a vontade de criar, nesta cidade, um Monte Pio do Clero. No entanto, a Mesa entendeu que a decisão de avançar com este projecto não poderia ser tomada sem ouvir os restantes Irmãos. Assim, preparou um modelo impresso que apresentava a ideia, colocava questões e esperava respostas. Estas circulares – assinadas pelo Vice-Presidente, pelo Tesoureiro e pelo Secretário – foram enviadas, em 1896-10-22, a todos os membros. Cada um dos Irmãos tinha até ao dia 20 de Novembro para dar o seu parecer dentro de um envelope fechado. Caso não o fizesse, a Mesa assumia que a resposta, às perguntas formuladas, era negativa. Neste contexto, sumariamente apresentado, produziram a documentação preservada nesta unidade de informação: circulares (1896-10-22) e respectivas respostas (1896-11-09 a 1896-11-29). Alguns Irmãos optaram por responder por carta, não usando o modelo fornecido para o efeito.
Livro constituído por mapas, relações e listas de irmãos seculares, de ambos os géneros, e religiosos da Irmandade dos Clérigos do Porto. Os mapas (três) elencam as pessoas – sacerdotes e seculares –, residentes dentro e fora da cidade do Porto, contactadas, por carta, pela Mesa, para se “alistarem” como Irmãos na Irmandade dos Clérigos do Porto. Nestes registos, assentaram, entre outros dados, a profissão; o nome; o cargo; o título; a residência; o resultado do convite; os motivos que conduziram à recusa do mesmo e informações de cariz diversificado relacionadas com o pagamento da joia. As relações (três), em formato de tabela, apresentam dados elementares dos Irmãos: profissão; nome; cargo; título; estado civil e nome do marido (nos registos das irmãs); residência e remissão para os fólios do «Livro de Matriculas e Entradas d’ Irmãos». Do arrolamento dos Irmãos vivos em 1928-00-00, fazem parte dados como: a profissão; o cargo; o título; o nome; a residência e a remissão para o «Livro de Matriculas e Entradas d’ Irmãos». Esta fonte apresenta ainda soltas várias listas antroponímicas.