Documento composto 0030 - Esmolas da Lapa e tombo do que pertence à mesma Capella

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Código de referência

PT/ICPRT/IC/B/0030

Título

Esmolas da Lapa e tombo do que pertence à mesma Capella

Data(s)

  • 1754-03-25 a 1805-03-11 (Produção)

Nível de descrição

Documento composto

Dimensão e suporte

1 livro; [1] + 198 fls.; 32 x 21,5 x 4,5 (cm)

Zona do contexto

Nome do produtor

(1707-00-00 a -)

História administrativa

A Igreja e Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto constituía o sector orgânico central à vida religiosa da Irmandade. De facto, até à instituição do Coro dos Clérigos em 1762, era a Igreja e Sacristia que congregava a realização de todos os actos de culto da Irmandade.
A principal figura deste sector era o Tesoureiro da Igreja e da Sacristia, que deveria ser um Irmão presbítero, com as seguintes características: dar um bom exemplo, ser de consciência, recolhimento e reconhecido asseio. O Tesoureiro da Igreja era nomeado pela Mesa e estava encarregado de zelar e velar por tudo o que pertencia e dizia respeito ao culto divino. Com a formação do Coro em 1762, esta figura passou a desempenhar funções em ambos os sectores, tal como se declara no Capítulo 9.º, § 1.º, fls. 14 a 15 dos Estatutos do Coro de 1782: «Posto que o Thezoureiro da Sachristia não pertença absolutamente as obrigaçoens do Coro, se não ao todo da Igreja, com tudo tem alguas dependencias que se embaração com elle (…)». Para além da sua actuação no funcionamento do Coro e da Igreja, o Tesoureiro da Sacristia poderia ainda ser aprovado para confessar e acumular vários cargos, nomeadamente o de cartorário da Irmandade (Capítulo 12.º, Artigo n.º 91, fl. 18 do Regulamento do Coro do séc. XX) e, após 1762, o de Capelão do Coro.
Do ponto de vista da produção documental, o Tesoureiro da Igreja e da Sacristia era responsável pelo livro dos assentos das pessoas sepultadas na Igreja; no final de cada ano deveria realizar um rol descritivo dos bens que lhe foram entregues no início do desempenho das funções e daqueles que restavam; e estava ainda encarregado de receber da mão do Secretário o pagamento do serviço religioso, que deveria fazer distribuir pelos capelães. No que diz respeito às funções relacionadas com o culto divino, destacam-se as seguintes tarefas: fazer a exposição do Santíssimo Sacramento; ver as licenças dos sacerdotes que quisessem exercer ordens na Igreja da Irmandade; mandar abrir as portas da Igreja e tocar os sinos; acender as velas necessárias para os diversos actos do culto; preparar na Sacristia tudo o que fosse necessário para os diversos actos de culto e fazer conservar em boa ordem, arrumados e limpos, todos os paramentos e alfaias da Irmandade. O Tesoureiro da Igreja deveria ser uma presença constante na mesma e não poderia ausentar-se sem licença e só quando devidamente substituído por um sacerdote responsável, que ficasse encarregado das suas atribuições. Esta obrigação de permanência no local tornava-o numa figura importante da vida da Irmandade, pelo que estava encarregado de manter todos os empregados inferiores no cumprimento exacto de todas as suas obrigações. Podia ainda, com a concordância da Mesa, nomear e despedir os Meninos do Coro, que ficavam sob a sua dependência e, por tal, deveriam igualmente prestar assistência aos actos do culto da Sacristia.
De forma a cumprir as suas funções, o Tesoureiro da Igreja e da Sacristia dispunha de um ajudante - que deveria estar sujeito a um regulamento especial -, nomeado pela Mesa sob proposta do Tesoureiro. Contava igualmente com o apoio de pessoal menor e trabalhadores remunerados, tal como o sineiro; o porteiro; os coveiros que abriam sepulturas; os armadores; assim como a da lavadeira e brunideira, no que dizia respeito à manutenção da limpeza e asseio dos bens da Sacristia. Deste pessoal auxiliar destaca-se a figura do porteiro, que embora devesse obedecer em primeiro lugar à Mesa e ao Secretário, cumpria igualmente ordens do Tesoureiro da Igreja e da Sacristia. Neste sector tinha tarefas de apoio à limpeza, de colocar água nas pias e de manter afastadas pessoas estranhas à vida quotidiana da Irmandade, sobretudo da parte da noite.
Esta secção engloba documentação que se relaciona com o funcionamento da Igreja e Sacristia da Irmandade dos Clérigos do Porto, tanto do ponto de vista dos ritos religiosos aí celebrados, como da administração financeira da Igreja. Entre esta documentação destacam-se os livros de registo das missas celebradas por alma dos Irmãos; as certidões de missas; assentos de termos de sepultura de fiéis e Irmãos; assim como a documentação de registo das despesas com a Igreja e Sacristia da Irmandade. Esta secção é constituída igualmente por documentação relativa aos diversos altares e devoções religiosas praticadas na Igreja da Irmandade dos Clérigos do Porto, como é o caso da Senhora da Lapa, Senhora das Dores, Santo André e aos padroeiros da Irmandade.

História do arquivo

Fonte imediata de aquisição ou transferência

Zona do conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Antes do termo de abertura, no fl. [1], é registada, com data de 25 de Abril de 1754, a nomeação de Joaquim Pereira Marinho para Protector e Administrador da Capelinha de Nossa Senhora da Lapa, o qual fica responsável pela numeração e rubrica deste livro destinado ao Inventário, receita e despesa de tudo o que pertencer à Senhora da Lapa «(...) sita no primeiro pateo das escadas da porta principal da mesma Bazilica» (de acordo com o termo de abertura no fl. 1). Contém um resumo histórico relativo ao culto e capela de Nossa Senhora da Lapa (fls. 2-3). Índice no fólio 3. Registo da receita (ex.: esmolas dos fiéis, vendas de peças de ouro e prata) e da despesa (ex.: impressão de estampas, cera, ramos para festas, panos, obras). Contas apresentadas ao Secretário da Irmandade. Remissão para o Livro das Contas Gerais da Irmandade no qual estariam registados os valores destas contas. No fólio 84 começa um novo registo da despesa. No fólio 154: «Inventário de todos os paramentos e Alfayas pertencentes à Capella de Nossa Senhora da Lapa da Igreja da Assumpção de Nossa Senhora do Socorro dos Clerigos pobres desta cidade do Porto», 1762.
Com termo de abertura no fl. 1 e termo de encerramento no fl. 198.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de organização

Ordenação cronológica.

Zona de condições de acesso e utilização

Condições de acesso

Condiçoes de reprodução

Idioma do material

Script do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Encadernação em pergaminho. Estado de conservação regular. Apresenta manchas de humidade.

Instrumentos de descrição

Zona de documentação associada

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Zona das notas

Nota

Título da lombada. Na lombada consta ainda: «Esmolas da Caixa da Lapa. 1754 a 1760».

Nota

Fólios numerados e rubricados. Rubrica: «Marinho»: Joaquim Pereira Marinho, Protector e Administrador da Capela de Nossa Senhora da Lapa. 129 fólios em branco.

Identificador(es) alternativo(s)

Referência do inventário antigo

366

Pontos de acesso

Pontos de acesso - Assuntos

Pontos de acesso - Locais

Pontos de acesso - Nomes

Pontos de acesso de género

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Identificador da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

Estatuto

Nível de detalhe

Datas de criação, revisão, eliminação

Línguas e escritas

Script(s)

Fontes

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Objeto digital (Referência) zona de direitos

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Depósito físico

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