Subsecção D - Companhia Auxiliadora

A fim de concluir as obras de reedificação da Igreja de São Nicolau, é autorizada a “formação de uma Companhia de Capitalistas mutuantes de fundos que hão de ser prestados à Irmandade do Santíssimo Sacramento de S. Nicolau”. Denominada de “Auxiliadora”, a companhia efetuará à irmandade um empréstimo no valor de dezasseis contos de réis efetivos, ao juro legal de cinco por cento.
No alvará régio de 18 de julho de 1845, pode ler-se que foi “acordado abrir um empréstimo de dezasseis contos de réis, em que era orçada a despesa do acabamento da obra, dividido em trezentas e vinte ações de cinquenta mil réis cada uma, com o juro de cinco por cento ao ano”, hipotecando, para “segurança e pagamento dele e dos respetivos juros, todos os seus bens, direitos, rendimentos e ações”.
Relativamente à sua constituição e organização, de acordo com os seus estatutos (1) , são, de entre os acionistas, nomeados três membros e dois substitutos “que os representem na universalidade dos seus direitos, para com o título de “Fiscais” promoverem os interesses da companhia e a execução do contrato de mútuo, em conformidade com o disposto nos presentes Estatutos”.
Por sua vez, a mesa da assembleia reúne-se anualmente em sessão ordinária, podendo ser reunida em sessão extraordinária nas condições especificadas nos estatutos, e é composta por um presidente, um vice-presidente e dois secretários eleitos também anualmente.
Este encargo prolongar-se-ia pelas primeiras décadas do século XX, desconhecendo-se a data precisa da sua extinção.

(1) Os estatutos da companhia "Auxiliadora" encontram-se apensos ao alvará de autorização do empréstimo (PT-PSN-ISSNC/A/D/04/001).