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Registo de autoridade
Zulmira Antunes
ZA · Pessoa singular · 1957-1998

Frequentou o curso de Serviço Social no Instituto de Serviço Social de Lisboa entre 1962 e 1967 e o Curso Complementar de Serviço Social, no ISSS-L em 1967-1968. Foi docente no Instituto de Serviço Social de Lisboa entre 1968 e 1971, tendo trabalhado no Serviço de Protecção à Infância e Juventude em 1972, no Centro de Observação e Orientação Médico-Pedagógica (COOMP) entre 1972 e 1990, na Direcção de Serviços e Equipamentos Sociais entre 1990 e 1994, nos Serviços Sociais da Universidade Católica Portuguesa entre 1994 e 2006 (renomeado de Gabinete de Apoio ao Aluno). Foi bolseira do Instituto do Serviço Social de Lisboa e do Institut de Service Social et de Recherches Sociales de Montrouge entre 1966 e 1967.

Teresa Rosa
TR · Pessoa singular · 1936-

Maria Teresa Serôdio Rosa frequentou o curso de assistente social do Instituto de Serviço Social de Lisboa entre 1956 e 1960. Em 1967 fez o Curso Complementar de Serviço Social - especialidade de Serviço Social de Caso. Presidente do Sindicato dos Profissionais de Serviço Social em 1968. Trabalhou no Centro Assistencial da Ajuda - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, em 1962 na Companhia Portuguesa de Trefilaria, entre 1963 e 1968 na Penteação de Lãs, entre 1968 e 1971 no Instituto Superior de Serviço Social como professora, entre 1971 e 1973 na Direcção Geral da Assistência, entre 1973 e 1985 na Setnave, em 1986 no ISCTE até c. de 1999, em 2002 leccionou na Universidade Católica Portuguesa até 2005. Em 1984 foi detida por alegadamente pertencer às FP25.

Susan Lowndes
SLM · Pessoa singular · 1907-1993

Susan Lowndes Marques, ou Susan Lowndes, nome com que assinava os seus livros e artigos, nasceu em Londres, em 15.02.1907. Era filha da escritora Marie Belloc Lowndes e de Frederick Lowndes, jornalista do “The Times”, e neta de Bessie Rayner Parkes Belloc, escritora e ativista dos direitos das mulheres. Frequentou diversos colégios em Inglaterra, iniciando-se na escrita ainda jovem, colaborando de forma ocasional em diversas publicações. Em setembro de 1938 deslocou-se a Portugal com seu pai, instalando-se no Hotel de Inglaterra, no Estoril, onde conheceu o jornalista Luiz Artur de Oliveira Marques com quem veio a casar poucos meses depois, em 14.12.1938, em Londres. Era católica e assídua aos sacramentos. Em paralelo com o aprofundamento espiritual, que foi permanente – oração, leituras religiosas, prática assídua dos sacramentos, frequência de retiros, direcção espiritual regular – entendia que o cristianismo se vivia no dia-a-dia, de forma eminentemente prática, em solidariedade com as pessoas mais sós ou desprotegidas. Colaborou com o marido no “The Anglo-Portuguese News” (APN), jornal inglês publicado em Portugal durante quase cinquenta anos, cuja sede seria montada na casa da família no Monte Estoril, a partir da década de 1960. Após a morte de Luiz Marques, em 1976, continuou a dirigir o APN, até que o vendeu, em 1980, ao jornalista inglês Nigel Batley. Foi correspondente em Portugal de vários jornais e revistas católicas norte-americanas e inglesas e colaboradora ocasional de diversas revistas e publicações, com temas quase sempre relacionados com Portugal. Grande apaixonada pela arte e pela arquitetura, escreveu com Alice Berkeley um livro que seria publicado pouco tempo depois da sua morte: “English art in Portugal” (Lisboa: Inapa, 1994). Trabalhou de forma voluntária em várias instituições, tais como o Hospital Britânico, o Colégio Inglês de Carcavelos, o Lar para a Terceira Idade da Comunidade Estrangeira, em S. Pedro de Estoril, o Fundo Caritativo Britânico, a Associação Anglo-Lusa, com sede em Londres, a Associação Britânica de Mulheres Voluntárias e o Lar Internacional para Senhoras. Durante a segunda guerra mundial, também participou com o marido no apoio aos refugiados que passaram em grande número por Portugal. A Casa Palmeiral, sita na Avenida de S. Pedro, no Monte Estoril, onde residiu desde 1947, estava repleta de livros e sempre preparada para receber familiares, amigos e conhecidos. Eram regulares os almoços e jantares onde, à volta da mesa, se juntavam as mais diversas personalidades, tanto mais que Susan Lowndes e Luiz Marques mantinham importantes relações de amizade com vários escritores ingleses, que os visitavam quando passavam por Portugal. Susan Lowndes foi condecorada, em 1975, pela Rainha Isabel II de Inglaterra, com a Ordem do Império Britânico, pelos serviços prestados à comunidade inglesa em Portugal. Francisco Hipólito Raposo descrevê-la-ia como «uma portuguesa de luxo». Morreu em 03.02.1993, no Hospital Inglês, em Lisboa.

Sebastião Pinto da Rocha
Pessoa singular · 1884-04-30 - 1976-01-29

O P. Sebastião Pinto da Rocha, S.I. nasceu na freguesia de Monserrate, na cidade de Viana do Castelo, a 30 de abril de 1884 e faleceu em Lisboa a 29 de janeiro de 1976, primeiro de nove irmãos, um deles foi Maria da Conceição Pinto da Rocha nascida a 16 de dezembro de 1889, falecida a 2 de outubro de 1958, fundadora das “Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face”. A entrega total de sua irmã à obra da Reparação Expiadora mostra o ambiente de espiritualidade em que foi educado o P. Sebastião, o que contribuiu para cedo sentir uma forte vocação, que o levou a ser ordenado sacerdote em Braga a 24 de setembro de 1906. A 12 de setembro de 1911 foi preso e mandado para o Aljube do Porto, onde permaneceu três meses até fugir para Espanha em 28 de dezembro do mesmo ano, juntamente com outros sacerdotes e leigos. Conforme tinha decidido durante o tempo de prisão, entrou para a Companhia de Jesus, iniciando o noviciado a 12 de setembro de 1912 em Alsemberg, na Bélgica.
Em 1921, depois de terminada a formação intelectual e espiritual na Companhia, foi para Pontevedra, na Galiza, como redator de O Mensageiro do Coração de Jesus, que nessa altura saía com o nome de O Apóstolo. Quando a revista se voltou a publicar com o seu verdadeiro nome, depois de 1926, o P. Sebastião veio para a Póvoa de Varzim com o cargo de diretor da mesma. Em 1932 fixou-se em Lisboa, onde, durante mais de 40 anos, exerceu o cargo de Diretor Diocesano do Apostolado da Oração, dedicando-se especialmente à secção das Crianças – a “Cruzada Eucarística”. Foi também exímio organizador dos Congressos Nacionais do Apostolado da Oração de 1930,em Braga, e de 1945, no Porto, e do Congresso Diocesano de Lisboa de 1936, durante o qual o cardeal-patriarca lançou publicamente a ideia do Monumento ao Divino Coração de Cristo Rei, sendo esta a obra pela qual ficou mais conhecido. Dedicou-se ainda com grande empenho à causa da canonização do Beato Nuno Álvares Pereira. Além de ter escrito todas as circulares emitidas pelo Secretariado Nacional do Monumento a Cristo Rei e de ter escrito a maior parte dos artigos publicados no jornal O Monumento, publicou também as seguintes obras:

  • ROCHA, P. Sebastião Pinto da – A vida íntima, religiosa e de família de Paiva Couceiro. In In Memoriam de Paiva Couceiro. Lisboa [1946]
  • [ROCHA, P. Sebastião Pinto da] – A devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Braga: Mensageiro do Coração de Jesus, 1959.
  • [ROCHA, P. Sebastião Pinto da] – Monumento Nacional a Cristo Rei: memória histórica. Lisboa: Secretariado Nacional do Monumento, 1965.
  • [ROCHA, P. Sebastião Pinto da] – A reparação expiadora. Autobiografia e outros escritos de uma alma vítima. Lisboa, 1967.
Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes
Pessoa singular · 1915-03-08 - 1986-10-12

Ruy Cinatti nasceu em Londres, a 8 de março de 1915, e faleceu em Lisboa, a 12 de outubro de 1986, sendo filho de António Vaz Monteiro Gomes e de Hermínia Celeste Cinatti. Tendo ficado órfão de mãe, em 2 de abril de 1917, Ruy Cinatti foi entregue aos cuidados do avô materno, Demétrio Cinatti, e, após a morte deste, aos dos avós paternos, Rui Luís Gomes e Amélia Augusta Vaz Monteiro.
Durante a juventude, após o falecimento de Hermínia Celeste Cinatti, Ruy Cinatti apenas terá vivido com António Vaz Monteiro Gomes, seu pai, entre 1925 e 1934, ano em que regressou a casa da avó materna Amélia Augusta Vaz Monteiro, devido a um conflito de pendor académico.
António Vaz Monteiro de Gomes casou mais duas vezes, com Flora Stern e, depois, com Mary Clarissa Gwendoline Broadley. Do casamento com Flora Stern nasceu a irmã de Ruy Cinatti, Amélia Vaz Monteiro Gomes.
A educação escolar e académica de Ruy Cinatti passou por várias instituições de ensino: Colégio Arriaga, Colégio de Nuno Álvares, Liceu Passos Manuel, o Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, University College London e a University of Oxford. Foi nesta última, que Ruy Cinatti concluiu o seu doutoramento em Antropologia.
Do ponto de vista profissional, destacou-se principalmente como agrónomo, apesar de ter exercido diversos cargos ao longo da vida: redator do "Jornal da Mocidade Portuguesa"; meteorologista da Pan American Airways; secretário do Governador de Timor; chefe da Repartição Técnica de Agricultura, Veterinária e Indústria Animal da Província de Timor; chefe da Missão de Estudo do Habitat Nativo da Província de Timor; investigador da Junta de Investigações Coloniais/ Junta de Missões Geográficas e de Investigações do Ultramar/ Junta de Investigações do Ultramar; investigador do Museu de Etnologia e investigador do Centro de Estudos de Antropologia Cultural. Participou ainda em diversas conferências.
Como autor, Ruy Cinatti foi responsável por uma extensa obra literária, onde a poesia se destacou, sendo-nos possível apresentar, a título de exemplo, os seguintes títulos publicados: “Manhã Imensa”; “Sete Septetos”; “Memória Descritiva”; “Ossobó”; “O tédio recompensado”; “Um cancioneiro para Timor”; “Borda d’alma”; “Uma sequência timorense”; “Conversa de rotina”; “O ministério - poema sério-jocoso em um canto”; Corpo-alma.
Sob o pseudónimo de Júlio Celso Delgado, também publicou a “Crónica cabo-verdiana”.
Esteve, ainda, envolvido na edição e redação das revistas "Cadernos de Poesia, Aventura e Ala."

Raquel Ribeiro
RR · Pessoa singular · 1925-2022

Foi aluna do ISSS-L, entre os anos de 1944 e 1948. Trabalhou na Casa de Santa Maria do Resgate entre 1949 e 1959; no Instituto de Assistência à Família 1949-1958; na Misericórdia de Lisboa em 1958-1971; Diretora Geral da Assistência Social 1971-1974; no Centro Regional de Segurança Social até 1988; Comité de Política Social até 1995, data em que se reformou. Foi deputada pela Ala Liberal na Assembleia da República entre 1969-1973; Assessora do Secretário de Estado da Segurança Social em 1979; Assessora do Ministro dos Assuntos Sociais em 1980-1981. Foi membro de diversas comissões portuguesas (Justiça e Paz, Comissão Portuguesa do Conselho Internacional dos Serviços Sociais, Pastoral Sócio-Caritativa...) e correspondente de várias instituições internacionais. Lecionou na Escola de Auxiliares Sociais de S. Vicente de Paulo, na Escola de Enfermeiras Puericultoras do Instituto Maternal e na Escola de Educadoras de Infância, em Lisboa. Autora de diversas publicações, foi agraciada com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique; medalha de mérito municipal da Câmara Municipal de Oeiras

Pedro Loff
PL · Pessoa singular · 1989-1992

Formado em Direito, foi funcionário no Instituto Nacional de Estatística, nos Ministérios das Corporações, no Ministério da Educação, no IFAS entre 1976 e 1980, no Ministério da Justiça, na Centro de Estudos Judiciários. Professor no Instituto Superior de Serviço Social de Lisboa até 1989.

Palmira Duarte
PD · Pessoa singular · 1956-

Trabalhou em Serviço Social de Empresa tendo feito no final do ano de 1956, formação com Marcel Van den Zegel, promovido pelo Sindicato de Assistentes Sociais, Educadoras Familiares e outras Profissionais de Serviço Social, sobre estudo de casos e também Supervisão encontrando-se em Cadernos de Serviço Social nº 2, Ano I-Janeiro-Fevereiro-Março de 1957 o seu testemunho desta experiência profissional. Participou na III Semana de Serviço Social, que se realizou no Porto de 25 a 31 de Março de 1957 , sob o tema “Serviço Social no Trabalho e nos Organismos Corporativos” encontrando-se em Cadernos de Serviço Social nºs 3 e 4, Ano I-Abril a Setembro de 1957, na II sessão de estudo o documento de trabalho da sua autoria sobre a “Trabalhadora Social de Empreza”que serviu de base a discussões. Foi professora no Instituto de Serviço Social de Lisboa onde iniciou a disciplina de Serviço Social de Empresa tendo um texto sobre esta temática, de 1960. Foi coordenadora da primeira tentativa de Serviço Social Escolar lançada em 1963/64, pelo Centro Social do Beato, em Lisboa, com uma equipa de Assistentes Sociais estagiárias e em colaboração com o Instituto de Serviço Social de Lisboa (ISSL), onde dava aulas. Leccionou Serviço Social de Casos e de Grupos no Instituto de Ciências Sociais e Políticas Ultramarinas (ICSPU). Fez parte em 1963, do Centro de Estudos e Desenvolvimento Comunitário (pela Portaria nº 19766 de 18 de Março de 1963, do Ministério do Ultramar é criado na Junta de Investigação do Ultramar para funcionar junto do ICSPU) alterado em 1964, para Centro de Estudos de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário, pela Portaria nº 20258 de 22 de Abril de 1964. Foi a impulsionadora da criação do Curso Complementar de Serviço Social, professado no Centro de Estudos de Serviço Social e Desenvolvimento Comunitário no ICSPU, cujo plano de estudos foi aprovado por Despacho do Ministro da Educação Nacional de 8 de Julho de 1967 e em 1968 apresentou a tese deste Curso Complementar “A imagem da Mulher na Sociedade,” tendo feito Supervisão de vários Estágios em Serviço Social Escolar de alunas do ICSPU. Aquando da criação do Instituto de Acção Social Escolar (IASE) em 1971, foi convidada pelo Ministro Veiga Simão para o IASE, para um trabalho de coordenação a nível nacional e implementação de um programa de ASE definido pela Administração Central (IASE), nas cidades de Coimbra, Guarda, Lisboa, Setúbal, Porto e Bragança e em Agosto de 1973, como Directora dos Serviços de Acção Social Escolar apresenta um Projecto de Estruturação da Divisão de Serviço Social Escolar, fruto de reflexão das várias experiências que se foram fazendo no país na área de intervenção em Serviço Social Escolar, tendo-se mantido nesta Instituição até 25 de Abril de 1974.

Olga Pinheiro
OP · Pessoa singular · 1926-

Frequentou durante dois anos o curso de Fisico-Químicas na Faculdade de Ciências, tendo abandonado e ingressado no curso de Assistente Social no Instituto de Serviço Social entre os anos de 1944 e 1948. Trabalhou no Instituto de Assistência à Família entre os anos de 1950 e 1958, no Centro Paroquial da Ajuda - Santa Casa da Misericórdia de Lisboa entre 1958 e 1988, ano em que se reformou. Após a reforma foi voluntária no Centro Social e Paroquial do Campo Grande.

Mário Pinto Coelho
MPC · Pessoa singular · 19--

Enquanto estudante do Instituto Superior Técnico, Mário Pinto Coelho (Mário do Nascimento Vieira Pinto Coelho) integrou o Centro de Acção Social Universitário (CASU), chegando a assumir a presidência. Tem contacto e lida de perto com os problemas habitacionais verificados em bairros degradados de Lisboa, sobretudo na Quinta da Curraleira (Alto de S. João), Quinta do Bacalhau (Olaias) e Quinta da Montanha (prolongamento da Av. EUA) e em bairros de realojamento camarário (Quinta da Calçada, junto ao Estádio Universitário; Boavista, Padre Cruz). Na segunda metade da década de 1960, a Direção da Cáritas Portuguesa pretende constituir especialistas de várias áreas para coordenadar intervenções sociais específicas. Ao Gabinete Técnico da Comissão Central da Cáritas Portuguesa serão atribuídas responsabilidades por várias atividades. A Mário Pinto Coelho, no, entretanto, denominado como Gabinete Técnico de Engenharia, serão confiadas, em 1968, edificações e/ou remodelações de equipamentos como colónias de férias, casas de cursos e retiros, lares de estudantes, centros sociais, jardins infantis e creches. Em face da escassez de habitações condignas em Lisboa e de pedidos de residências municipais reencaminhados para a Cáritas Portuguesa, justificam a formação da PRODAC, Associação de Produtividade na Auto-Construção, sem fins lucrativos (estatutos publicados no DG, III Série, de 1968-07-06). A designação remetia para o MONAC, Movimento Nacional de Auto Construção, promovido pela União Católica dos Industriais e Dirigentes do Trabalho (UCIDT), e que empreendera a auto-construção de habitações em núcleos rurais na região de Coimbra. A PRODAC desenhou dois tipos de intervenção: Cooperativas de Habitação Económica para famílias com alguma capacidade económica (seria aplicado na Estrada da Ameixoeira); plano de realojamento da população residente em barracas na Quinta das Claras, Quinta do Marquês de Abrantes, Bairro Chinês, para famílias residentes em barracas. Esta última intervenção constituiria o principal foco de atuação de Mário Pinto Coelho a partir da Cáritas Portuguesa. Posteriormente, assume várias funções na Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa.

Maria Teresa Abrantes Pereira Bettencourt e Ávila
MTA · Pessoa singular · 1937-

Entre 1956-1960 frequentou o Instituto de Serviço Social (ISSS-L), tendo continuado a sua formação com cursos de especialização (entre 1965-1966 - Curso de Serviço Social de Comunidades, ISSS-L (6 meses), 1966 os cursos de Introdução à Supervisão (1 mês), ISSS-L e de Prática da Supervisão (3 meses), ISSS-L; em 1967 – Curso de Serviço Social de Caso (6 meses), ISSS-L e em 1973 – Curso de Pós-Graduação em Serviço Social, na Pontifícia Universidade Católica de S. Paulo. A sua experiência profissional foi vasta: em 1962 foi Directora do Centro Social Paroquial de Santo Eugénio no Bairro da Encarnação; entre 1964 – 1966 – Centro Social da Bempostinha, orientação de grupos de crianças, adolescentes e famílias; de 1966 – 1968 – Directora do Centro Paroquial de Santo Estêvão de Alfama; seguido de 1968 – 1969 – Chefia da equipe de Serviço Social junto do Consulado de Portugal em Paris; em 1967 – 1970 – Delegada dos Supervisores do ISSSL ao Conselho Escolar do mesmo Instituto; 1970 – 1972 – Técnica de Formação de Pessoal no Centro de Formação e Aperfeiçoamento do Pessoal (CFAP) da Direcção Geral de Assistência Social, onde desempenhou tarefas de planeamento, organização e programação dos Cursos, estágios para Professores do Ensino Especial de Deficientes Visuais. Desempenhou ainda entre 1970 – 1973 o cargo de Vice-Presidente da Direcção do Sindicato Nacional dos Profissionais de Serviço Social, onde foi responsável pelo programa de regionalização e pelo serviço internacional, e em 1974 – Organização e Monitorização dos Cursos de Especialização para Professores de Deficientes Visuais, auditivos e motores, na Divisão de Ensino Especial do Ministério da Educação Nacional.
1974 – 1975 – Funcionária no Serviço de Acção Social Directa do Instituto da Família e Acção Social, S. Miguel – Açores. Criação da primeira creche para funcionários públicos em Ponta Delgada e Centro de Convívio de Idosos (Centro de Dia) de Rabo de Peixe.
1975 – Serviço de Acção Directa de Cascais do Instituto da Família e Acção Social
1978 – Coordenadora do Serviço de Acção Directa de Cascais
1980 – 1986 – Coordenadora do Núcleo Territorial de Cascais do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa
1987 – Chefe de Divisão da delegação de Cascais do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa
1987 – 1989 – Directora Técnica do projecto Nova Esperança da Galiza, integrado no Grupo Temático “Migrantes, Minorias Étnicas e Refugiados” do II Programa Europeu de Luta Contra a Pobreza da Comunidade Económica Europeia
1989 – Delegada do Centro Regional de Segurança Social de Lisboa em Oeiras
1990 – Chefe de Divisão na Direcção de Equipamentos Sociais Oficiais
1992 – Presidente da Associação dos Profissionais de Serviço Social
1992 – Eleita para o Comité de Liaison da Federação Internacional de Assistentes Sociais (FIAS) com a Comunidade Europeia; Eleita para o Comité Executivo da Região da Europa da FIAS
1995 – Presidência do Comité Organizador do Seminário Europeu da FIAS
1996 – 2004 – Destacada para o Grupo de Apoio Técnico à Comissão Permanente de Acolhimento e Inserção Social da Comunidade Timorense, até à extinção da comissão, data em que se reformou. MariaTeresa Abrantes viu o seu pedido de bolsa ao Instituto de Alta Cultura ser recusado e sai do país, viajando para o Brasil a fim de frequentar o mestrado na Faculdade de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.Quando regressa a Portugal, contribui para a divulgação de autores do Movimento de Reconceitualização do Serviço Social latino-americano, sobretudo do Chile, Argentina, Uruguai e Brasil.

Maria Guilhermina de Vasconcelos e Sousa
Pessoa singular · 1899-04 - 1961-01-18

Maria Guilhermina de Vasconcelos e Sousa (Santos-o-Velho, Lisboa, 04-03-1899 - Lisboa, 18-01-1961). Era irmã mais nova do 2º Marquês de Santa Iria e a sua irmã – Constança de Vasconcelos e Sousa, casou com o Arq. António Lino. Desde cedo colaborou com grande entrega no Secretariado do Apostolado da Oração e na altura em que foi criado o Secretariado do Monumento manteve as funções anteriores.
Dedicou-se com grande energia e fervor a esta nova obra, exercendo as funções correspondentes a secretária da Direcção, Chefe de Secretaria e Tesoureira. A sua dedicação e competência originaram um sistema arquivístico de grande qualidade. Todos os anos no início das férias apresentava pessoalmente ao cardeal Cerejeira os livros de registo do caixa, acompanhava o P. Sebastião em viagens pelo país e substituía-o quando estava ausente ou durante as férias, nomeadamente indo a Fátima entregar documentos para serem apreciados nas reuniões e retiros do Episcopado Português.
Pertenceu à Irmandade de Nossa Senhora da Saúde, foi profundamente devota do Coração de Jesus e muito próxima das Filhas de Maria Imaculada e das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo.
Sempre desejou entrar para uma congregação religiosa, pensando fazê-lo naquela que seria fundada pela irmã do P. Sebastião, tendo para isso participado numa reunião numa casa em Almada no mês de Agosto de 1959, juntamente com o P. Sebastião, D. Maria de Jesus Atalaya, D. Piedade e D. Maria Romeira, futura geral do Instituto das Irmãs Missionárias Reparadoras da Santa Face. No entanto tal não foi possível, devido, por um lado, à demora na concretização da nova fundação (só foi reconhecida em 22 de Agosto de 1965) e, por outro lado, aos seus problemas de saúde, tendo já sido submetida a uma delicada intervenção cirúrgica em Janeiro de 1950, acabou por falecer repentinamente em Janeiro de 1961.

Maria Delfina Ruivo
MDR · Pessoa singular · flor. 1974-

Assistente social, Maria Delfina Ruivo (Maria Delfina da Cruz de Sousa Ruivo) assume funções na Cáritas Portuguesa como vogal da Comissão Central em 3 de novembro de 1974. Num período conturbado, Hermann Leça da Veiga mantinha o cargo de presidente e José Mendes Serrazina tinha sido nomeado assistente interino em 20 de setembro. As funções dirigentes de Maria Delfina Ruivo, que já eram exercidas na Cáritas Diocesana de Lisboa, manter-se-iam em 1976. A gestão do Programa de Criação de Postos de Trabalho, o apoio prestado à transferência, em 1991, dos Lares Infante Santo e S. Tiago (Almada) para as Cáritas Diocesanas de Lisboa e de Setúbal, respetivamente, a coordenação dos Serviços Centrais seriam algumas das suas funções mais marcantes na Cáritas Portuguesa. Já nas décadas de 2000 ou 2010, assumiria o tratamento do acervo histórico da organização. A par da relevância dos textos por si produzidos para enquadramento da Cáritas Portuguesa ao longo do tempo, também se destacam os índices, por si elaborados, de processos de crianças acolhidas em Portugal e de processos de concessão de crédito para criação de postos de trabalho. Estes últimos constituem importantes instrumentos de descrição legados ao Arquivo Histórico da Cáritas Portuguesa.

Maria de Jesus Salema Manuel Atalaya
Pessoa singular · 1905-05-17 - 2005-02-17

Maria de Jesus Atalaya nasceu em Portalegre em 17 de maio de 1905 e faleceu em Lisboa a 17 de fevereiro de 2005, depois de prolongada doença. Em Santarém foi desde sempre muito dedicada ao serviço da Igreja, exercendo funções no Secretariado da Paróquia de Marvila, como catequista, presidente do Apostolado da Oração e da Cruzada Eucarística. Esta dedicação foi reconhecida pelo cardeal Cerejeira, com quem falava muitas vezes e que a chamou para o serviço do Santuário. Entre 1960 a 1993, teve naquele contexto a seu cargo a administração da capela elaborando os registos contabilísticos e organizando o arquivo. Dedicou-se ao acolhimento e assistência aos peregrinos, ao apoio a celebrações litúrgicas e à animação das devoções ao Sagrado Coração de Jesus. Foi presidente, secretária e tesoureira do Centro do Apostolado da Oração no Santuário (1960-1993). Por sua iniciativa constituiu uma biblioteca, com empréstimo domiciliário, para uso dos fiéis, com os seus próprios livros e outros oferecidos por diversas pessoas. Os livros foram catalogados, cotados e munidos de capas plásticas. Viveu em Almada na Av. D. Nuno Álvares Pereira, nº 16, 1º Dir.
Na ausência de capelães ao serviço do Santuário por vários períodos e com os reitores acumulando funções no Seminário de S. Paulo, a sua ação foi muito importante para manter viva a espiritualidade própria do Santuário e o acolhimento aos peregrinos.