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Registo de autoridade
ISSS-P – Instituto Superior de Serviço Social do Porto
ISSS-P · Pessoa coletiva · 1956-1999

O lnstituto de Serviço Social do Porto foi criado pela Associação de Cultura e Serviço Social, sob tutela da Diocese do Porto, em 1956. Em 1995 e 1996 foram criados os primeiros Mestrados em Serviço Social, no Instituto Superior de Serviço Social em Lisboa e Porto.

Isabel Vale
IV · Pessoa singular · 1939-

Formada em Serviço Social pelo Instituto de Serviço Social (Lisboa). Foi Assistente Social no Centro de Ação Laboral de Benfica - CALB e nos Serviços Sociais da Universidade Católica Portuguesa, instituição onde também lecionou (c. de 2000).

José Frederico Laranjo
JFL · Pessoa singular · 1846-1910

José Frederico Laranjo (Castelo de Vide, 1846 - Lisboa, 1910) foi um jurista, economista, professor universitário e político português.
De origens humildes, cedo ficou órfão de pai e de mãe, tendo frequentado o seminário de Portalegre e depois o de Coimbra, onde chegou a lecionar. Em 1870 ingressou na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, tendo concluído o curso de Direito em 1875. Dois anos depois defendeu aí a tese de doutoramento e em 1878 foi admitido como docente na mesma faculdade, onde ensinou, entre outras, as cadeiras de Economia Política, Direito Eclesiástico, Direito Administrativo e Direito Constitucional. Foi também reputado investigador.
Deixou escrita uma obra extensa, relacionada com a sua docência e com a sua atividade política.
Dirigiu o jornal O Distrito de Portalegre e colaborou na Gazeta Literária do Porto.
Foi deputado pelo Partido Progressista e nomeado par do reino (membro da Câmara dos Pares do Reino) em 1898. Como político promoveu a reforma do estudo do direito, nomeadamente a criação da cadeira (disciplina universitária) de Direito Internacional.

José Maria Braga da Cruz
JMBC · Pessoa singular · 1888-05-06 - 1979-01-01

José Maria Braga da Cruz nasceu na freguesia de São Pedro de Maximinos, de Braga, em 6 de maio de 1888 e foi batizado no dia 10 do mesmo mês e ano. Filho de José António da Cruz, professor e diretor da Escola Distrital de Habilitação para o Magistério Primário, e fundador da Livraria Cruz, e de Emília Rosa da Costa Braga, senhora da Casa do Assento, em Tadim, que se converteria na casa da família Braga da Cruz.
Entre os anos de 1899 e 1906 José Maria Braga da Cruz estudou no Liceu de Braga, tendo concluído o curso complementar de Ciências com 19 valores e o de Letras com 17 valores. Enquanto estudante foi militante do Centro Académico de Braga, pertencente aos jesuítas, e entre 1905-1906 foi presidente da Congregação Mariana de São João Berckmans. Fundou o Centro Académico de Democracia Cristã do Liceu de Braga, embora os seus estatutos nunca tenham sido aprovados pelo Governo Civil devido a queixas de alunos anticlericais.
José Maria Braga da Cruz escolhe o direito como área de estudos e matricula-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, que frequenta entre 1906 e 1911. Aqui foi colega de Paulo Merêa e Luís Cabral de Moncada, futuros professores da Universidade de Coimbra, António Sardinha, Alberto Monsaraz e Hipólito Raposo, destacados políticos e doutrinadores do movimento monárquico. Em Coimbra foi militante do Centro Académico de Democracia Cristã e sócio do Centro Monárquico Académico, condição pela qual veio a Lisboa com um grupo de estudantes cumprimentar a rainha D. Amélia, a 27 de maio de 1908, após o regicídio.
Após a formatura, José Maria Braga da Cruz casa com Maria Isabel Bressane Leite Perry de Sousa Gomes em 27 de dezembro de 1911 na Quinta das Lágrimas, propriedade de D. Miguel de Alarcão. A sua esposa era filha de Francisco José de Sousa Gomes, lente de química na Universidade de Coimbra e figura preponderante do movimento social católico em Portugal nos finais do século XIX e inícios do século XX. Foram pais de Maria Isabel, de Maria da Conceição e de Guilherme Braga da Cruz.
José Maria Braga da Cruz inicia a sua vida profissional como professor do Liceu de Braga no ano letivo de 1911-1912 e em março de 1912 vence o concurso público e é nomeado ajudante de notário, tomando posse a 14 de março de 1912, sendo autorizado a exercer concomitantemente a advocacia. Após novo concurso, é nomeado notário da comarca de Braga, a 25 de janeiro de 1913. Nesse ano, reconstrói na Praça do Município de Braga uma casa que será o lar da sua família e onde instala no rés-do-chão o seu escritório profissional de advogado e notário. Na sequência da sua tomada de posse no cargo de presidente da Junta Geral do Distrito de Braga durante a efémera Monarquia do Norte, José Maria Braga da Cruz é demitido do cargo de notário, sendo reintegrado nessas funções somente em 1930.
Em 8 de agosto de 1917 José Maria Braga da Cruz foi um dos elementos fundadores do Centro Católico Português do qual dirigiu a Comissão Diocesana. Nesse ano, figurou na lista dos 18 efetivos da “lista de protesto do Concelho” que concorre às eleições administrativas em Braga, para denunciar a partidarização da gestão camarária, embora sem sucesso. Em 22 de novembro de 1919 reúne-se o congresso de refundação do Centro Católico Português, e José Maria Braga da Cruz é um dos delegados das 13 dioceses que elaboram as “Bases Regulamentares”, aprovadas pelo papa Bento XV em dezembro de 1919. António Lino Neto é eleito para presidir à Comissão Central e é proposta a edição do órgão de imprensa oficial “A União”, que começa a imprimir-se em 1920. No Congresso Arquidiocesano do Centro Católico Português em Braga, realizado em abril de 1921, José Maria Braga da Cruz apresenta a comunicação “O papel do Centro Católico na realização do seguro contra a velhice” e propõe uma moção acerca das Irmandades e Misericórdias na organização do seguro contra a invalidez e sobre a limitação do desemprego involuntário.
Com vista às eleições legislativas de 10 de julho, a 21 de junho o Centro Católico Português apresenta um manifesto figurando José Maria Braga da Cruz como candidato indiscutível por Braga, congregando apoios de monárquicos e de católicos. Além disso, anima-se na campanha pelo círculo de Guimarães, cujo candidato era António de Oliveira Salazar. Foram ambos eleitos para a V legislatura, tendo José Maria Braga da Cruz integrado Comissões de Agricultura, dos Negócios Eclesiásticos, da Legislação Civil e Comercial e do Regimento. Acaba por ser o único representante do Centro Católico Português após a saída de António de Oliveira Salazar, sendo que em 27 de agosto de 1921 é consultado pelo presidente da República Portuguesa, António José de Almeida, com vista à formação de um novo governo.
Em 1924 toma parte ativa na preparação do Congresso Eucarístico Nacional, em Braga, hospedando em sua casa António de Oliveira Salazar, Manuel Gonçalves Cerejeira e António Lino Neto.
Com a aceitação da pasta das Finanças por António de Oliveira Salazar em 1926 e 1928 e com a fundação da União Nacional em 30 de julho de 1930, emergiram problemas quanto à sobrevivência do Centro Católico Português. Além disso, e na sequência da carta de Pio XI a D. Manuel Gonçalves Cerejeira, na qual afirmava a liberdade política dos católicos omitindo referências ao Centro Católico Português, António Lino Neto retira-se da presidência do Centro Católico Português e entra nas fileiras da Ação Católica Portuguesa, tornando-se seu dirigente. A convite do arcebispo primaz de Braga também José Maria Braga da Cruz ingressou na Ação Católica Portuguesa, presidindo à sua Comissão Arquidiocesana em Braga, a partir de 26 de junho de 1934.
A pedido de António de Oliveira Salazar, integra as listas da União Nacional para as eleições de 1934, tornando-se de novo deputado, ao lado de Diogo Pacheco de Amorim, Joaquim Diniz da Fonseca, Juvenal de Araújo e Mário de Figueiredo. José Maria Braga da Cruz pauta a sua atuação na Assembleia Nacional pelas reivindicações dos bispos portugueses, expressas na Pastoral Coletiva de 13 de julho de 1930.
Como presidente da Comissão Arquidiocesana em Braga da Ação Católica Portuguesa, José Maria Braga da Cruz foi orador na Festa de Cristo Rei, em 1935, estando também presente na primeira reunião dos presidentes das Juntas Diocesanas da Ação Católica, em Lisboa a 1 de dezembro de 1938.
José Maria Braga da Cruz pertencia ainda com a sua esposa à Ordem Terceira de São Bento, na qual foram admitidos como oblatos em 16 de outubro de 1929, em Falperra, numa cerimónia presidida pelo núncio apostólico Beda Cardinale; vogal do Grupo Paroquial da União Católica da Freguesia da Sé, constituído em 17 de janeiro de 1930 para proceder ao restauro do edifício; chefe do Corpo Nacional de Escutas em Braga, em cerca de 1938; congregado da Congregação de Nossa Senhora de Fátima e de S. Luiz de Gonzaga de Braga; membro da Comissão de Honra das Festas Jubilares de Nossa Senhora do Sameiro; membro da Comissão de Honra das Comemorações do XIII Centenário da morte de São Frutuoso e Irmão da Santa Casa da Misericórdia e Hospital de São Marcos de Braga.
Em 1925, em peregrinação a Roma com seu pai a propósito do Ano Santo, foi recebido pelo papa Pio XI e em 1950 vai com D. Manuel Gonçalves Cerejeira em peregrinação a Roma, novamente a propósito do Ano Santo, acompanhado de sua mulher, filha mais velha solteira e a mais nova, antes do casamento desta. Em 1964 vai pela última vez a Lourdes, tendo escrito o “Manual do Peregrino Português a Lourdes”.
Em termos profissionais José Maria Braga da Cruz destacou-se como advogado de famílias importantes e sobretudo da Igreja, mais precisamente da arquidiocese de Braga. Em 1930 é encarregue pelo arcebispo-primaz de tratar de todos os atos referentes à constituição e funcionamento das Corporações Fabriqueiras Paroquiais e depois da assinatura da concordata, em 1940, empenhou-se na devolução à Igreja de bens de que havia sido expropriada, tais como o Seminário de São Tiago e Mosteiro de Tibães. Na sequência do seu empenho na devolução do Seminário de São Tiago, em 1947 foi agraciado pelo papa Pio XII com a comenda de São Gregório Magno. Contudo, só em 1966 o seminário é entregue a título definitivo.
Além disso, José Maria Braga da Cruz foi colaborador na redação do Estatuto da Saúde e Assistência, redator de artigos para a revista “Scientia Iuridica”, presidente da Associação dos Jornalistas e Homens de Letras de Braga, vogal do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados, vice-presidente da Assembleia-Geral da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses, membro do Conselho Fiscal da Companhia das Águas de Lisboa e em 1950 é nomeado juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Contas, onde se reforma em 1953.
Mais dedicado ao desenvolvimento e ampliação das suas propriedades rurais fundiu as quintas de Tadim com São Pedro d’Este e criou a Sociedade Agrícola do Casal do Assento.
Morreu a 1 de janeiro de 1979, tendo sido sepultado no cemitério paroquial de Tadim, onde já há dois anos repousavam os restos mortais do seu filho Guilherme Braga da Cruz.

José Mendes Serrazina
JMS · Pessoa singular · 1924-2010

José Serrazina Serrazina (Pe. Serrazina, como era conhecido), nasceu em 1924, na Benedita (Alcobaça, Distrito de Leira, Diocese de Lisboa). Estudou nos Seminários de Santarém, Almada e Olivais (Diocese de Lisboa). Na sua formação, consta também o Curso Pro Ecclesia no Centro Internacional do Movimento para um Mundo Melhor, em Roma (1961-1962). Mais tarde (1988), concluiu a licenciatura em Teologia na Universidade Católica Portuguesa (UCP). Em 1950, tinha sido ordenado padre, assumindo funções como professor e prefeito no Seminário de Santarém (até 1955). Depois exerce diferentes cargos como assistente de organismos rurais da Acção Católica Portuguesa (até 1968), sendo, ainda no mesmo período, um dos fundadores do Movimento Familiar Casais de Santa Maria, assistente diocesano dos Centros de Preparação para o Matrimónio e do Conselho da Pastoral Familiar do Patriarcado de Lisboa. Paralelamente, ensina Sociologia e Pastoral da Família no Instituto Superior de Estudos Teológicos (1965-1969). Depois da Acção Católica e de iniciativas no plano da família, regressa a responsabilidades na área da formação do clero, agora no Seminário dos Olivais e como vice-reitor (1968-1970), num período de crise da instituição, assumindo igualmente a redação do Boletim Diocesano de Pastoral (1968-1973). É por essa altura que a pastoral social se torna a área privilegiada de atuação. Assistente da Cáritas Diocesana de Lisboa (1973), director do Secretariado Diocesano de Acção Social (1973), assistente da Cáritas Portuguesa (1974), secretário da Comissão Episcopal da Acção Social e Caritativa, membro do grupo Animação e Pastoral da Caritas Europa (1976-1982), director do Secretariado Nacional da Acção Social e Caritativa (desde a sua fundação, em 1982), director da revista Cáritas (também desde o seu lançamento, em 1982). A o ensino (na UCP) e, sobretudo, a família continuaram a ser prioridades: nomeado para a Comissão Interministerial da Família (1984), foi co-organizador do Congresso da Família (1985). Cónego da Sé de Lisboa (1989), secretário-geral do Patriarcado (1990-1997) foi pároco dos Anjos, em Lisboa (1997-2000).
Faleceu em 2010.

Lurdes Jorge
LJ · Pessoa singular · 1957-

Assistente Social.

Lurdes Medeiros
LM · Pessoa singular · 1965-1971

Assistente Social, formada no Brasil, veio para Portugal na década de 60 do século XX para lecionar no Instituto de Serviço Social (Lisboa).

Margarida Aguiar
MA · Pessoa singular · 1936-

Frequentou o ISSS-L entre 1955 e 1960. A partir desse ano e até 1991, ano em que se reformou, foi assistente social na CUF.

Margarida Abreu
MA · Pessoa singular · 1931-01-16-

Maria Margarida Abreu Teixeira da Costa nasceu em 1931-01-16. Ingressou no Instituto Superior de Serviço Social (ISSS-L) de Lisboa em 1950, onde se formou como assistente social. tendo complementado a sua formação com diversos cursos nesta área. Em 1954 integrou o corpo docente do ISSS-L, A partir de 1963 (até 1970) integrou a direção do Instituto, tendo ainda exercido o cargo de subdiretora para os Assuntos Pedagógicos (1968-1970). Posteriormente desempenhou funções no Ministério da Educação Nacional, participando no Grupo de Estudo para a Reforma do Ensino (1970/71). Na Universidade Católica Portuguesa desempenhou funções diversas donde se destacam as de diretora adjunta dos Serviços Sociais (1981-1997), docente com regência na Licenciatura em Serviço Social (entre 2001/02 e 2005/06) e coordenadora adjunta do Curso de Serviço Social (2002/03).

Maria Amélia Macedo dos Santos
MAMS · Pessoa singular · ( - )

Maria Amélia de Lemos Macedo Santos foi militante e dirigente da Acão Católica Portuguesa, tendo sido presidente nacional da Juventude Católica Feminina. Este espólio integra documentação por si produzida e acumulada no âmbito da sua colaboração com a Ação Católica.

Maria Delfina Ruivo
MDR · Pessoa singular · flor. 1974-

Assistente social, Maria Delfina Ruivo (Maria Delfina da Cruz de Sousa Ruivo) assume funções na Cáritas Portuguesa como vogal da Comissão Central em 3 de novembro de 1974. Num período conturbado, Hermann Leça da Veiga mantinha o cargo de presidente e José Mendes Serrazina tinha sido nomeado assistente interino em 20 de setembro. As funções dirigentes de Maria Delfina Ruivo, que já eram exercidas na Cáritas Diocesana de Lisboa, manter-se-iam em 1976. A gestão do Programa de Criação de Postos de Trabalho, o apoio prestado à transferência, em 1991, dos Lares Infante Santo e S. Tiago (Almada) para as Cáritas Diocesanas de Lisboa e de Setúbal, respetivamente, a coordenação dos Serviços Centrais seriam algumas das suas funções mais marcantes na Cáritas Portuguesa. Já nas décadas de 2000 ou 2010, assumiria o tratamento do acervo histórico da organização. A par da relevância dos textos por si produzidos para enquadramento da Cáritas Portuguesa ao longo do tempo, também se destacam os índices, por si elaborados, de processos de crianças acolhidas em Portugal e de processos de concessão de crédito para criação de postos de trabalho. Estes últimos constituem importantes instrumentos de descrição legados ao Arquivo Histórico da Cáritas Portuguesa.

Manuel Duque Vieira
MDV · Pessoa singular · 1902-11-8 - 1972-1-20

Manuel Duque Vieira nasceu em 8 de novembro de 1902 em Mata, Torres Novas, no seio de uma família de proprietários rurais. Em 1929 formou-se em Ciências Histórico-Filosóficas e iniciou o curso de habilitação para o magistério liceal, que terminou em 1931. A partir daí iniciou a sua carreira de professor, ensinando nos liceus da Guarda, Angra do Heroísmo e Castelo Branco. Em 1955 foi transferido para o Liceu Pedro Nunes, em Lisboa. Em 1947 pertenceu à comissão de reforma do ensino secundário, foi membro da Junta Nacional de Educação, fez parte do júri de exames de Estado e elaborou pontos de exame para avaliações a nível nacional. Aposentou-se em 1972. Foi colaborador assíduo de publicações periódicas, tendo fundado em Castelo Branco o semanário "Reconquista". A sua ligação aos círculos católicos fê-lo colaborar com o jornal "Novidades" e com as revistas "Estudos" (do Centro Académico de Democracia Cristã de Coimbra) e "Flama". As revistas "Liceus de Portugal" e "Labor" espelham o seu pensamento sobre questões educativas. Neste âmbito, enquadra-se inicialmente numa corrente nacionalista católica e conservadora. Defendia a criação de escolas técnicas como meio de aliviar os liceus da pressão social a que estavam sujeitos e de adaptar o ensino às necessidades da economia portuguesa. Neste sentido, entendia que para as universidades apenas deveria transitar uma minoria, verdadeiramente vocacionada para os estudos superiores. Nos anos 50 e 60 o seu pensamento evoluiu para o que será a teorização social progressista da Igreja, promovida pelo Concílio do Vaticano II. Faleceu em 20 de janeiro de 1972.

Montepio Eclesiástico do Reino
ME · Pessoa coletiva · 1845 - 1861

A Associação com o título de Montepio Eclesiástico, também designada por Montepio Eclesiástico do Reino, foi estabelecida em 1843 e extinta em 1861. A finalidade principal do Montepio era conceder um subsídio pecuniário diário aos sócios que por doença, suspensão ou prisão se achassem impedidos de exercer o seu ministério, não auferindo, portanto, rendimentos. Podiam ser sócios do Montepio todos os sacerdotes que o pretendessem, satisfazendo as jóias e quotas a que eram obrigados, segundo o Estatuto e conforme a tabela em vigor, sob pena de não se poderem valer dos seus direitos em caso de doença. Os órgãos administrativos da Associação eram a Assembleia-geral, de que faziam parte todos os sócios e a Junta Administrativa, composta por cinco membros – Presidente, vice-Presidente, Secretário, Tesoureiro e Visitador. Para a revisão das contas apresentadas anualmente pela Junta Administrativa existia ainda uma Comissão Revisora, composta por três membros. O primeiro Estatuto do Montepio Eclesiástico do Reino, de 1844, foi revisto e alterado em 1848 e 1856. Foi ainda criada uma Comissão Propagadora do Montepio em 1845 com a finalidade de promover o aumento e prosperidade da Associação. Em 1859, no entanto, debate-se em reunião da Junta Administrativa a questão relativa à falta de dinheiro em cofre devido ao reduzido número de sócios da Associação, à epidemia que grassara em Lisboa no ano anterior a qual ocasionara não terem sido cobradas as quotas aos sócios e ainda fazendo aumentar as despesas dos subsídios e medicamentos entregues a sócios doentes. Em 15 de Maio de 1860 é resolvido em sessão da Assembleia-geral do Montepio Eclesiástico do Reino a sua dissolução, que acaba por se concretizar em 1861, procedendo-se ao rateio do capital existente entre os sócios restantes.

Mário Pinto Coelho
MPC · Pessoa singular · 19--

Enquanto estudante do Instituto Superior Técnico, Mário Pinto Coelho (Mário do Nascimento Vieira Pinto Coelho) integrou o Centro de Acção Social Universitário (CASU), chegando a assumir a presidência. Tem contacto e lida de perto com os problemas habitacionais verificados em bairros degradados de Lisboa, sobretudo na Quinta da Curraleira (Alto de S. João), Quinta do Bacalhau (Olaias) e Quinta da Montanha (prolongamento da Av. EUA) e em bairros de realojamento camarário (Quinta da Calçada, junto ao Estádio Universitário; Boavista, Padre Cruz). Na segunda metade da década de 1960, a Direção da Cáritas Portuguesa pretende constituir especialistas de várias áreas para coordenadar intervenções sociais específicas. Ao Gabinete Técnico da Comissão Central da Cáritas Portuguesa serão atribuídas responsabilidades por várias atividades. A Mário Pinto Coelho, no, entretanto, denominado como Gabinete Técnico de Engenharia, serão confiadas, em 1968, edificações e/ou remodelações de equipamentos como colónias de férias, casas de cursos e retiros, lares de estudantes, centros sociais, jardins infantis e creches. Em face da escassez de habitações condignas em Lisboa e de pedidos de residências municipais reencaminhados para a Cáritas Portuguesa, justificam a formação da PRODAC, Associação de Produtividade na Auto-Construção, sem fins lucrativos (estatutos publicados no DG, III Série, de 1968-07-06). A designação remetia para o MONAC, Movimento Nacional de Auto Construção, promovido pela União Católica dos Industriais e Dirigentes do Trabalho (UCIDT), e que empreendera a auto-construção de habitações em núcleos rurais na região de Coimbra. A PRODAC desenhou dois tipos de intervenção: Cooperativas de Habitação Económica para famílias com alguma capacidade económica (seria aplicado na Estrada da Ameixoeira); plano de realojamento da população residente em barracas na Quinta das Claras, Quinta do Marquês de Abrantes, Bairro Chinês, para famílias residentes em barracas. Esta última intervenção constituiria o principal foco de atuação de Mário Pinto Coelho a partir da Cáritas Portuguesa. Posteriormente, assume várias funções na Irmandade da Misericórdia e de São Roque de Lisboa.